PJ investiga «Smart Shop» - TVI

PJ investiga «Smart Shop»

A loja do «Cogumelo Mágico»

Autoridades licenciaram «ervanária especializada». Proprietário do estabelecimento que vende drogas garante legalidade e diz que «o segredo foi a alma do negócio». Judiciária foi à loja e levou vários produtos para analisar

Um ano foi o tempo de que Carlos Marabuto precisou para abrir as portas da «Smart Shop». O projecto foi apresentado como «ervanária especializada». O eufemismo valeu-lhe a licença. «Sei que estou a vender drogas legais, mas se tivesse explicado exactamente o negócio, provavelmente não teria conseguido», admite.

«O segredo foi a alma do negócio» e permitiu-lhe ser o primeiro empresário europeu, fora da Holanda, a importar uma ideia super inovadora». E logo «para um dos países mais atrasados da Europa», acrescenta.

Autoridade sanitária, bombeiros, câmara municipal, associação comercial todos atestaram a segurança e higiene do estabelecimento. «Ninguém viu os produtos? Pois não. Nem tinham que ver», refere entre risos. Garante que não está a enganar ninguém e está disposto a expandir o negócio. Assim apareçam «sócios capitalistas»!

A Polícia Judiciária abriu um inquérito para averiguar a legalidade dos produtos comercializados. «Quem analisa as substâncias é o Laboratório de Polícia Científica. É necessária uma avaliação química para detectar o estado de maturação das plantas e perceber se são químicos proibidos», explicou ao PortugalDiário fonte da PJ.

Esta sexta-feira, elementos da Polícia Judiciária estiveram na loja «Cogumelo Mágico» e levaram vários produtos para analisar. Em declarações à Rádio Renascença, o proprietário Carlos Marabuto mostrou-se indignado e garantiu que não tem nada de ilegal.

«Levaram tudo o que tinha com a palavra cannabis, diziam que é proibido, que a palavra cannabis não pode aparecer em Portugal. Voltámos aos tempos da ditadura, mas não faz mal», disse Carlos Marabuto.

Leia a primeira parte deste artigo: «Uma viagem à loja das drogas»
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