Um relatório do Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre condução sob o efeito de drogas alertou esta quinta-feira para a incidência do uso de substâncias psicoactivas na sinistralidade rodoviária.
O relatório «Drogas e condução: detecção e dissuasão», elaborado pelo Fórum Internacional dos Transportes, um organismo da OCDE, indica que «14 a 17 por cento» dos condutores feridos ou mortos em acidentes rodoviários estavam sob o efeito de drogas legais e ilegais.
O estudo baseou-se em dados recolhidos em 16 países, incluindo Portugal, e aponta o cannabis e as benzodiazepinas (presentes em ansiolíticos) como as principais drogas identificadas como envolvidas em acidentes mortais.
Nas conclusões, indica-se que o risco de acidentes «aumenta dramaticamente» quando estas se conjugam com o álcool, mesmo em quantidades pequenas.
«Ao contrário do álcool, por drogas entendem-se muitas substâncias diferentes, quer ilegais quer medicamentos receitados pelo médico», pelo que não se pode aplicar uma política de «tolerância zero», refere-se no relatório.
Entre as recomendações do Fórum, encontra-se um apelo aos países membros da OCDE para que acordem entre si «uma lista de substâncias que ponham em risco a segurança rodoviária e que devem ser alvo de análises toxicológicas».
Quase um quinto dos condutores feridos em acidentes estava sob efeito de droga
- tvi24
- CP
- 9 dez 2010, 21:01
Risco de acidentes «aumenta dramaticamente» quando estas se conjugam com o álcool
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