António Mexia está a ser ouvido esta terça-feira no Departamento Central de Investigação e Ação Penal sobre novos dados no processo EDP. Em causa está o processo das rendas excessivas que decorre há oito anos e que já passou pelas mãos do juiz Ivo Rosa.
À entrada para o DCIAP, o presidente da EDP não se alongou em comentários, sublinhando apenas que o processo continua ativo há oito anos e já passou por quatro juízes diferentes.
Ao fim de oito anos e quatro juízes, estamos a cumprir a nossa obrigação", disse.
António Mexia poderá ser confrontado pelo juiz Carlos Alexandre sobre a nomeação de Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia, mas também sobre a sua relação com Manuel Pinho.
A inquirição do CEO da EDP não era esperada, já que no dia 29 de maio a defesa de António Mexia e João Manso Neto o afastamento do juiz Carlos Alexandre do processo EDP, alegando parcialidade do magistrado.
Confirmo a entrega do pedido de recusa do juiz Carlos Alexandre”, disse à agência Lusa na altura João Medeiros, advogado do presidente da EDP e do responsável máximo da EDP Renováveis.
O inquérito investiga os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) tendo António Mexia e João Manso Neto sido constituídos arguidos em junho de 2017 por suspeitas de corrupção ativa e participação económica em negócio.