Fernando Elias, um dos porta-vozes do grupo e professor do agrupamento de Escolas de Colmeia, em Leiria, disse à Lusa que o encontro em Lisboa reuniu 180 pessoas, de um conjunto de 1.200 presidentes de conselhos executivos.
Desta reunião saiu o entendimento de que a legislação actual «não permite que os conselhos executivos possam praticar medidas que penalizem os docentes» casos estes não entreguem os objectivos.
Nada na lei obriga
«Nada na lei obriga à entrega de objectivos», continuou o professor. Por isso, «não estamos obrigados a aplicar medidas» penalizadoras sobre os professores que não o façam, acrescentou.
Adiando para mais tarde a criação de uma associação nacional de dirigentes de escolas públicas, Fernando Elias disse que foram explicitados hoje os princípios dessa associação e que foi criada uma equipa para estudar propostas na área de um modelo de avaliação para a escola pública.
«Não representamos um movimento de rebelião, mas sim de disponibilidade» para criar uma melhor escola pública, afirmou o mesmo porta-voz, chamando a atenção para o facto do grupo não representar «nenhum movimento político-partidário».
«Continuamos a achar que a melhor solução teria sido suspender o modelo de avaliação», afirmou, notando que «não se antevê que na actual legislatura se consiga implementar o modelo».
Esse modelo é de cariz «meramente administrativa», descuidando a componente pedagógica, frisou Fernando Elias.
Os representantes deste grupo de professores, que promoveram outros dois encontros nos últimos meses, já foram recebidos pela ministra da Educação, a quem pediram a suspensão da avaliação docente.