«É mentira: não bati no professor» - TVI

«É mentira: não bati no professor»

Violência [arquivo]

Não nega que tenha insultado o docente. Já foi condenado, mas outras queixas-crimes correm na Justiça. Leia a versão do aluno sobre este caso polémico em Évora

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«À hora em que o professor diz que eu o agredi, eu tenho testemunhas que provam que estava noutro local. E tenho a folha de presença da aula de química assinada por mim». É a resposta de Rui Robalo ao professor Calos Cupeto, em declarações ao PortugalDiário,que o acusa de agressão pelas costas, murros e pontapés.



Rui Robalo garante que no dia 16 de Outubro, durante o período em que o professor foi agredido, esteve sempre acompanhado. «Às 14h30 estava a beber café ao pé de minha casa. Às 15 horas já estava à porta da sala. A professora pode confirmar que eu assinei a folha de presença da aula de química».

Versões contraditórias

Desde 2004, a história de professor e aluno «corre» pelo campus da Universidade de Évora (UE). Sempre com versões contraditórias, Rui Robalo garante que o trabalho, que o docente alega ter sido plagiado, foi feito pelo seu punho e afirma que se recusou a fazer a prova oral, porque o júri não estava constituído, como manda o regulamento da faculdade.

«A avaliação da cadeira de Geologia do Ambiente era um trabalho e eu fiz o meu sobre a Ria Formosa». Rui Robalo conta ainda que o seu trabalho, em formato de poster, foi exposto no Palácio D. Manuel, numa exposição sobre temas ambientais.

O aluno conta ainda que «esse cartaz foi exposto num evento da empresa do docente, sedeada aqui em Évora». Posteriormente, era necessário realizar uma prova oral acerca do trabalho. «Para tal, nesta ou noutra universidade, é preciso um júri. Recusei-me e foi nessa altura que o professor disse que eu estava chumbado». Insultou o docente e a queixa foi para a tribunal. «Tive de pagar aquela pena ao tribunal, quando era a universidade que deveria ter resolvido o problema, obrigando o professor a realizar uma prova oral dentro do regulamento».

Mais: o aluno alega que mais nenhum colega estava na sala de aula, e que, por isso, ninguém o agarrou. «Os outros alunos não foram convidados a tribunal para contar a verdade». Já no final do ano, ainda em 2004, Rui admite que ligou ao professor para que este lançasse a nota pauta, e cumprisse o regulamento da universidade. «Mas não fiz ameaça alguma».

Sobre as restantes queixas-crime que pendem sobre si, Robalo desconhece a última apresentada, e só soube dela pela carta aberta do professor. Já relativamente às outras duas, Rui afirma que o docente faltou às audiências em tribunal. Carlos Cupeto nega. «A Justiça é morosa. Ainda nem sequer fui chamado a prestar declarações».

O aluno diz ser ele o injustiçado: «Já apanhei colegas do professor, e amigos, que me marcam no início do ano lectivo e nem vale a pena tentar fazer a cadeira». Mas o certo é que diz ter mais de 70 disciplinas feitas. E relata que alguns professores protestaram com Carlos Cupeto, por este insinuar que o aluno passa «por favor» ou por medo dos docentes e não por mérito próprio.

[Leia a versão do docente Carlos Cupeto: «Perseguido e agredido por aluno»]
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