Escola Secundária de Carcavelos não vai abrir portas após férias de natal - TVI

Escola Secundária de Carcavelos não vai abrir portas após férias de natal

Diretor considera que não existem "condições mínimas de segurança" dada a falta de luz dentro e fora das salas de aula, janelas que não abrem, estores e ar condicionado que não funcionam

A Escola Secundária de Carcavelos não vai abrir portas no dia 3 de janeiro, data em que arranca o 2º período. Em causa está a falta de luz dentro e fora das salas de aula, janelas que não abrem, estores e ar condicionado que não funcionam.

Há ainda falhas no registo de entradas e saídas da escola e falhas no funcionamento da cantina e do bar.

O diretor do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, Adelino Calado, disse esperar que "os problemas de segurança" da Secundária de Carcavelos sejam resolvidos nos próximos 15 dias, para evitar o encerramento do estabelecimento.

Neste momento há insegurança nas instalações da escola e eu não vou arriscar que aconteça algum acidente aos 2.000 alunos por quem sou responsável, por isso, ou os problemas resolvem-se ou a escola não vai abrir", afirmou o diretor.

Segundo avança o Jornal i, o Conselho Geral da escola decidiu não reabrir a meio do ano letivo por falta de segurança "aguda" no edifício.

Adelino Calado justificou a "ameaça" pela necessidade "urgente" de resolver os problemas, relacionados com a falta de eletricidade e manutenção do equipamento escolar.

Isto já se arrasta há cerca de um ano, desde que o técnico de manutenção da escola saiu, em fevereiro. A Parque Escolar, a quem pertence a escola, nada faz, por isso alguma coisa tem de ser feita agora", sustentou.

Para Adelino Calado, maior é o risco de algum dos alunos ter um acidente do que causar agora algum alarmismo com o eventual fecho da escola já em janeiro.

Não há luz em algumas zonas da escola, por exemplo nas escadas. E se um aluno cai e se magoa a sério, como já aconteceu com um professor? Para mim, isso é que é grave. Não quero correr mais riscos", disse.

Adelino Calado adiantou que o órgão diretivo da Secundária de Carcavelos discutiu qual a posição a tomar durante os últimos dois meses e concordaram em não abrir a escola para o segundo período escolar se, entretanto, os problemas não forem resolvidos.

"Se eu tiver de fechar a escola será mesmo terrível, mas mais graves serão as consequências se ninguém fizer nada. Isto tem de se resolver e tenho esperança de que a Parque Escolar o faça nos próximos 15 dias, período de férias", concluiu.

O diretor do agrupamento escolar de Carcavelos está convencido de que o atraso da Parque Escolar está relacionado com burocracias e não com questões financeiras, porque, assegurou, "o investimento a fazer nas instalações é pouco significativo".

A escola é frequentada por 1.900 alunos, 170 professores e 30 funcionários não docentes e já foi ocupou os primeiros lugares nos rankings.

A escola foi reabilitada em 2012, paga uma renda de 500 mil euros anuais à empresa pública e a esta soma ainda acresce mais 100 mil euros para despesas de manutenção.

A Parque Escolar, que faz esta quinta-feira uma visita à escola, garante que o estabelecimento de ensino está operacional e que a manutenção tem sido assegurada através de intervenções pontuais. 

Adelino Calado, o diretor do agrupamento de escolas de Carcavelos, prevê que seja suspenso de funções pelo Ministério da Educação aquando do encerramento da escola. Deverá ainda arrancar uma auditoria pela Inspeção Geral da Educação.
 

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