O ministro da Administração Interna defendeu esta terça-feira o Programa Escola Segura como «cada vez mais necessário», negando que este tenha falhado ao registar-se um aumento de 14 por cento em 2008 na violência nas escolas. Valores que não batem certo com a apresentação do relatório oficial «Escola Segura».
De acordo com os dados presentes no relatório de Segurança Interna relativo a 2008, houve um aumento de 14 por cento em relação a 2007 no número de casos de violência nas escolas, dados questionados pelas forças policiais, que apontam um crescimento de 18 por cento.
Dados que também não batem certo com o relatório Escola Segura apresentado, no passado dia 20, pela ministra da Educação e pelo próprio ministro da Administração Interna, que defenderam um decréscimo nos números da violência escolar, precisamente, de 14 por cento. Na apresentação, todos os responsáveis negaram a subida do número de ocorrências e defenderam a descida de valores pelo «segundo ano consecutivo».
Números que, no entanto, não fazem Rui Pereira entender que o Programa Escola Segura tenha falhado.
«O que isso revela é que o Programa Escola Segura é cada vez mais necessário, sendo neste momento o projecto mais antigo dos programas de policiamento de proximidade orientado para a protecção de vítimas especialmente vulneráveis. E tudo o que nós sabemos em termos de violência escolar é que é necessário continuar a apostar no Programa Escola Segura e é isso que vamos fazer este ano», disse o ministro da Administração Interna aos jornalistas, à margem da iniciativa «Induzir a Cidadania Rodoviária», que decorreu hoje de manhã no Inatel da Costa da Caparica.
Rui Pereira acrescentou que, nomeadamente na cidade de Lisboa, haverá um reforço de agentes e de viaturas, mas não adiantou números concretos, preferindo dizer apenas que o reforço sairá do actual grupo de 2.000 agentes da PSP e da GNR que estão a terminar a formação.
Escola Segura: relatórios não batem certo
- tvi24
- CLC
- 31 mar 2009, 15:37
Valores do ministério da Educação e do relatório de Segurança Interna são contraditórios
Continue a ler esta notícia