Escolas reclamam ser ouvidas sobre encerramentos - TVI

Escolas reclamam ser ouvidas sobre encerramentos

Escola básica da Várzea de Abrunhais

Presidente do Conselho de Escolas vai reunir-se segunda-feira com o secretário de Estado, alegando que por lei já deveria ter sido ouvido previamente

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O Conselho das Escolas vai reclamar na segunda-feira ao Governo que suspenda a reorganização do sistema educativo, que prevê a criação de mega agrupamentos de escolas. Os directores das escolas públicas querem que o processo volte à estaca zero e que a implementação seja discutida com professores e pais. O Conselho de Escolas critica o Executivo por ter tomado a decisão sem antes ter consultado as comunidades educativas.

«Vamos expor de viva voz a posição do Conselho de Escolas», disse esta quarta-feira à Lusa o presidente deste órgão consultivo do Ministério da Educação.

Álvaro Almeida dos Santos vai reunir-se com o secretário de Estado da Educação, João Mata, depois de o governante ter anunciado que o processo de reordenamento da rede escolar no que respeita às unidades de gestão para ano lectivo 2010/2011, a iniciar em Setembro, está concluído.

Álvaro dos Santos discorda da «metodologia» que o Ministério da Educação «usou na reorganização». «Deveriam ter sido ouvidos os conselhos gerais e também os directores das escolas», defende.

A medida tem motivado contestação de responsáveis escolares, pais e organizações sindicais de professores, bem como da oposição parlamentar.

«O processo não foi feito com as comunidades educativas. Até percebo que em alguns casos haja vantagens no agrupamento de escolas, os passos é que não foram todos dados na sequência que está estabelecida na própria legislação», defende Álvaro Santos, que espera ainda encontrar abertura do Ministério da Educação.

De acordo com o Governo, as novas unidades de gestão serão agora objecto de acompanhamento, estudo e avaliação», num processo que «deverá contar com a participação dos diversos parceiros do Ministério». João Mata diz que o impacto deste processo na rede escolar é de «aproximadamente oito por cento».
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