O ex-ministro da Justiça Laborinho Lúcio manifestou-se esta sexta-feira defensor da «autoridade e disciplina» na escola mas enquanto «direito dos alunos» e não «poder da escola», sugerindo uma «inversão» nesse domínio, avança a Lusa.
«A autoridade e a disciplina normalmente entre nós, do ponto de vista cultural, é mais tida como um poder da escola e não necessariamente como um direito do aluno e precisamos de fazer alguma inversão nesse domínio», afirmou.
Laborinho Lúcio falava aos jornalistas à margem do encontro «De SIM e de NÃO se faz Educação», a decorrer até sábado em Coimbra e que tem como ponto de partida «A violência infanto-juvenil em contexto escolar a par da emergência de um novo fenómeno: a violência de filhos contra os pais, em contexto familiar».
O ex-ministro da Justiça afirmou ainda que «não podemos olhar para as situações de indisciplina e de violência na escola e observá-las apenas como resultado, temos de analisar os factores, compreender nomeadamente do ponto de vista estratégico o que pode mudar», disse.
Para Laborinho Lúcio, os alunos têm «direito à autoridade, à disciplina, mas exercida em seu nome e não da escola», daí que preconize «uma reflexão» em torno da questão.
É na escola, referiu, que os alunos «fazem grande parte do seu processo de aprendizagem social e precisam, evidentemente, de conhecer os limites interiores que têm de impor a si próprios, de compreender a importância da autoridade e da disciplina como um bem deles próprios».
Laborinho Lúcio defende «autoridade e disciplina» na escola
- Redação
- AB
- 23 out 2009, 16:41
O antigo ministro da Justiça manifestou-se à margem do encontro «De SIM e de NÃO se faz Educação»
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