Mondego ainda no centro das preocupações, mas tempo está a melhorar - TVI

Mondego ainda no centro das preocupações, mas tempo está a melhorar

  • (Atualizada às 12:37) ALM com Lusa
  • 22 dez 2019, 09:42

Forte agitação marítima, com ondas até oito metros, afeta Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Coimbra.Tempo começar a melhorar, mas vai ficar mais frio

O caudal do rio Mondego já começou a baixar, mas o risco de cheias mantém-se nalgumas localidades do distrito de Coimbra. A secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, visitou ontem a região mais atingida e avisou que apesar da acalmia, o perigo não desapareceu.

A maior fonte de preocupação continua a ser Montemor-o-Velhor.  Depois da evacuação de algumas povoações da margem esquerda, a autarquia prepara a retirada de habitantes de localidades da margem direita. O anúncio foi numa conferência de imprensa, já depois da meia-noite.

Mas o estado do tempo está a melhorar. Hoje ainda há chuva no norte e centro, mas vai diminuir ao longo do dia. A pior situação tem a ver com o estado do mar, que motiva avisos vermelhos em cinco distritos do litoral norte.

Devido à agitação do mar, as zonas costeiras dos distritos de Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo mantiveram-se, até às 12:00 de hoje, com ‘aviso vermelho’ - o mais grave de uma escala de quatro -, passando então a ‘aviso laranja’, disse o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No norte e centro, mas nos distritos do interior, há avisos amarelos por causa do vento, que vai tornar-se mais fraco ao final do dia. O fim de semana encerra com uma pequena descida das temperaturas.

Este domingo os termómetros chegam aos 19 graus no Algarve, Lisboa e Setúbal e as mínimas descem até aos 5 graus na Guarda e em Bragança.

Até meio da tarde de hoje, o vento soprará ainda moderado a forte, até 50 quilómetros hora, e nas terras altas, em especial do Norte e Centro, com rajadas até 100 quilómetros hora.

A partir de segunda-feira, e até ao fim de semana, o IPMA prevê céu em geral pouco nublado, apresentando-se temporariamente muito nublado nas regiões Norte e Centro no final do dia de Natal e na quinta-feira, com possibilidade de precipitação fraca.

Existem condições para formação de neblina ou nevoeiro matinal - que poderão ser persistentes em alguns locais - e o vento será, em geral, fraco.

Na Madeira, a semana terá, até sábado, a influência de um anticiclone localizado na região entre o norte de África e Portugal continental, enfraquecendo no dia de Natal e na quinta-feira, permitindo a aproximação e passagem de uma superfície frontal fria.

O IPMA prevê para a Madeira céu com períodos de muita nebulosidade, com possibilidade de ocorrência de precipitação na quarta e na quinta-feira.

O vento será em geral fraco predominando do quadrante oeste, tornando-se do quadrante leste a partir de quinta-feira, intensificando para moderado. Nas terras altas, o vento será fraco a moderado, por vezes forte até à véspera de Natal.

A agitação marítima manter-se-á elevada no arquipélago até ao final do dia de hoje, tendo sido emitido um alerta amarelo para as zonas costeiras.

O coordenador nos Açores do IPMA, Carlos Ramalho, disse, em declarações à Lusa na sexta-feira, que os próximos dias no arquipélago serão de "inverno rigoroso".

"Nos próximos dias, até pelo menos ao dia de Natal, e até mesmo uns dias depois, vamos ter dias de inverno rigoroso. Podemos até ter intervalos onde o tempo esteja relativamente melhor, com um clima bom, e depois alguns períodos onde o vento sopra com mais intensidade e com chuva por vezes forte", frisou.

Hoje, os Açores terão a passagem de um sistema frontal com chuva em todas as ilhas e, na segunda-feira, uma superfície frontal fria irá provocar chuva no grupo oriental.

Segundo Carlos Ramalho, vai passar também pelos Açores uma nova depressão, ainda sem designação, na véspera de Natal, que provocará um aumento da intensidade da chuva e do vento.

"No dia 24, uma depressão, que vem de sul, irá provocar um aumento da intensidade do vento e da chuva, que será por vezes forte, principalmente nos grupos central e oriental", adiantou, realçando que no dia 25 já se deve registar uma "melhoria do tempo".

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