GNR apreende meio milhão de euros em controlo fronteiriço - TVI

GNR apreende meio milhão de euros em controlo fronteiriço

  • AR - Atualizada às 15:44
  • 11 mai 2017, 14:17

No âmbito da "Operação Fronteira Branca", devido à visita do Papa Francisco a Fátima, a Guarda deteve dois homens, cidadãos chineses, suspeitos de branqueamento de capitais, quando tentavam passar a fronteira do Caia, em Elvas

Dois homens de nacionalidade chinesa foram detidos pela GNR nesta quinta-feira na fronteira do Caia, em Elvas, distrito de Portalegre, por alegado branqueamento de capitais, tendo-lhes sido apreendidos 480 mil euros em numerário, anunciou a Guarda. Desde que o controlo de fronteiras está em curso, a GNR já deteve 13 pessoas.

De acordo o Comando Territorial de Portalegre da GNR, a detenção dos homens, de 35 e 36 anos, foi efetuada pelo efetivo empenhado no controlo da fronteira do Caia, no âmbito da “Operação Fronteira Branca”.

Os cidadãos chineses, pode ler-se num comunicado da Guarda, foram detidos “em flagrante delito” pelo alegado crime de branqueamento de capitais, tendo na sua posse “cerca de 480 mil euros, em notas de 50, 100 e 500 euros”, que foram apreendidos.

Os dois detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial durante a tarde de hoje”, acrescentou a GNR.

Para além dos detidos, a Guarda apreendeu seis armas e quatro veículos na quarta-feira, primeiro dia da operação de fiscalização e controlo nas fronteiras.

No âmbito da “Operação Fronteira Branca”, por ocasião da visita do Papa a Portugal, foi reposto o controlo documental dos cidadãos nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres do país, desde as 00:00 de quarta-feira e até às 00:00 do próximo domingo.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), entidade responsável pela operação, indicou que, em todas as fronteiras, existem pontos de passagem autorizados, sendo nove as passagens terrestres autorizadas.

Estes pontos são Valença-Viana do Castelo, Vila Verde da Raia-Chaves, Quintanilha-Bragança, Vilar Formoso-Guarda, Termas de Monfortinho-Castelo Branco, Marvão-Portalegre, Caia-Elvas, Vila Verde de Ficalho-Beja e Vila Real de Santo António.

O controlo documental foi reposto por “razões de segurança interna e ordem pública”, devido à visita do Papa Francisco a Fátima.

Esta medida foi decidida pela Governo devido à “dimensão, características, complexidade do evento, visibilidade mediática e enorme afluxo de pessoas” que são esperadas em Fátima e ao “contexto atual de ameaça”.

Além da reposição do controlo das fronteiras aéreas, marítimas e terrestres, a “Operação Fronteira Branca” inclui ainda um “reforço de atividade de fiscalização a estrangeiros” no país, “controlos inopinados aos voos Schengen nos aeroportos e embarcações nos portos e marinas, controlos móveis junto aos CCPA (Centros de Cooperação Policial e Aduaneira) e áreas adjacentes e possível reforço da fiscalização e controlo aos movimentos em aeródromos”.

O Papa Francisco estará em Fátima entre sexta-feira e sábado para as comemorações do centenário das aparições.

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