Emigrante portuguesa na Suíça faz do cupido um negócio - TVI

Emigrante portuguesa na Suíça faz do cupido um negócio

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  • 31 jan 2021, 18:30
Noivos (arquivo)

Portuguesa fez um estudo de mercado em que concluiu que "uma em cada duas pessoas vive só na Suíça"

Manuela Pinto, natural de Trás-os-Montes fez do cupido um negócio ao criar uma agência especializada em aconselhamento matrimonial na Suíça francesa, a funcionar há sete anos.

Foi a solidão provocada por um divórcio que levou Manuela Pinto, residente no cantão de Vaud há mais de 35 anos, a criar a agência Cmieuxa2, um projeto cuja intenção é aconselhar e ajudar pessoas a encontrar alguém, liderado por profissionais especializados na matéria, que procuram promover valores humanos tais como a "verdade", a "seriedade" e o "compromisso" no processo de busca pela alma gémea.

Após o meu divórcio, à semelhança do que acontece em muitos casos, inscrevi-me num site de encontros na esperança de encontrar uma companhia que me correspondesse. Acontece que percebi que existia uma grande falta de transparência e veracidade nos vários sites em que me inscrevi", afirmou a transmontana.

No processo de criar a agência, a emigrante fez um estudo de mercado, que se revelou "assustador", em que "uma em cada duas pessoas vive só na Suíça".

Se para alguns viver só continua sendo uma opção, para a grande maioria é sinónimo de solidão, isolamento e tristeza", explicou a emigrante.

Há “uma grande falta de transparência e autenticidade nesses sites, inclusive muitas mentiras e fotos enganosas", disse a empresária, esclarecendo que são esses os motivos que criam nas pessoas uma certa apreensão e desilusão quando se fala em sites de encontros online.

Regis Prongué, conselheiro e formador da agência Cmieuxa2, afirma que, hoje em dia, a maioria das pessoas perderam o sentido do encontro: "As pessoas optam pela facilidade das redes sociais, dos sites de encontros o que, no meu ponto de vista, é uma pena pois perdem-se os valores da relação humana".

Os “computadores, os telemóveis e os ‘tablets’” são os responsáveis por essas novas formas de nos relacionarmos, diz Manuela Pinto, salientando que a "facilidade" e "efemeridade" classificam bem os relacionamentos de hoje.

Segundo a promotora do projeto, "as pessoas que nos procuram estão cansadas e desacreditadas dos sites de encontros, a grande maioria desistiu dessas plataformas".

Nos tempos que correm, encontrar a alma gémea tem muito que se lhe diga. Para muitos continua a ser um processo demorado, que exige muito envolvimento e energia", afirma Manuela Pinto.

Por isso, a “nossa agência oferece um acompanhamento diferente a essas pessoas que, com o tempo e consecutivas desilusões deixaram de acreditar nos sites de encontros. A nossa equipa leva o tempo necessário para identificar o perfil de cada pessoa inscrita e as suas expectativas. Colaboramos exclusivamente com pessoas sérias e que prezam o compromisso", remata a ‘casamenteira’.

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