Novas Oportunidades sem garantia de continuidade - TVI

Novas Oportunidades sem garantia de continuidade

Sociedade

Financiamento dos centros acaba já este sábado

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Os profissionais de educação e formação de adultos denunciaram esta quarta-feira que cessa sábado o financiamento que suporta a intervenção dos Centros Novas Oportunidades (CNO), sem que tenham informação sobre a continuidade dos projectos.

Segundo a comissão instaladora da Associação Nacional de Profissionais de Educação e Formação de Adultos (ANEFA), citada pela Lusa, a «ausência total de comunicação oficial» quanto ao futuro dos CNO coloca as organizações e as equipas que neles trabalham numa «insuportável indefinição».

Estes profissionais dizem que a situação se agudizou ainda mais perante um concurso de financiamento aberto a menos de um mês e meio do fim do ano, não existindo até hoje qualquer informação sobre os prazos de análise das candidaturas e respetiva comunicação de resultados relacionados com a aprovação ou não.

«Face à ausência de garantias de continuidade em 2012, uma parte significativa dos 436 CNO suspenderão a actividade a partir do dia 31 de dezembro, até ser comunicado o resultado da candidatura efectuada», afirma a associação em comunicado.

A suspensão das actividades, «motivada pela inexistência de orientações», para o período entre o fim do financiamento e a data de aprovação para financiar a actividade em 2012, implicará o «despedimento e/ou redução das equipas pedagógicas», dizem.

Actualmente existem «milhares de profissionais de educação e formação de adultos com vínculo em CNO», afirmam.

Os profissionais no terreno queixam-se da dificuldade em agendar e programar processos formativos que possam ir ao encontro das metas constantes na candidatura entretanto realizada.

O Governo está a reavaliar o programa Novas Oportunidades criado pelos anteriores governos liderados por José Sócrates, não existindo conclusões até ao momento por parte do grupo de trabalho criado no âmbito dos ministérios da Educação e da Economia.

Apenas se sabe que «não romperá completamente» com o programa.

«A formação de adultos é uma das preocupações do Executivo», afirmou à agência Lusa fonte do Ministério da Educação e Ciência (MEC) por ocasião da divulgação do estudo do Conselho Nacional de Educação, na semana passada.

«Após avaliação dos resultados do programa e balanço do trabalho realizado, delinearemos a linha a seguir para maximizar o seu valor e responder às expectativas dos adultos quanto a uma mais valia real no seu futuro profissional», indicou na altura a mesma fonte.

Para o MEC, o que interessa é uma valorização da qualificação dos portugueses e não «uma cosmética estatística».

A Lusa voltou hoje a contactar o MEC, mas não obteve resposta até ao momento.
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