Metade dos doentes com AVC não liga para o 112 - TVI

Metade dos doentes com AVC não liga para o 112

INEM [arquivo] - Foto Lusa

Atitude correta seria chamar a ambulância, mas em muitos casos não é isso que se verifica. O mesmo acontece em 30% dos enfartes do miocárdio

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Metade dos doentes com AVC vão para o hospital pelos seus próprios meios, sem chamar o 112, que seria a atitude mais correta. O mesmo acontece com 30% dos enfartes do miocárdio. É o que ilustram os dados apresentados esta quinta-feira, em Lisboa, pelo diretor do Programa Nacional para as Doenças Cérebro Cardiovasculares.

«O número de doentes que recorre aos serviços de urgência por iniciativa própria, sem desencadear a resposta do INEM, é muito significativo», afirmou Rui Cruz Ferreira, lembrando que a rapidez na ajuda especializada é fundamental nos casos de enfarte e dos Acidentes Vasculares Cerebrais.

Daí que o responsável considere que é necessário dar mais informação às pessoas sobre a forma correta de agir, o que pode ser feito nomeadamente através dos médicos de família.

Por outro lado, o especialista diz que os doentes têm muitas vezes a perceção errada de que os seus sintomas não representam um quadro grave e optam por não chamar o 112. Mas deviam fazê-lo para que a ajuda especializada chegue mais depressa e para que o doente seja encaminhado para a unidade de saúde com o tratamento adequado a cada situação. 

«Saber o que fazer em caso de AVC e enfarte é tão importante como saber o seu número de telefone», resumiu, por sua vez, o diretor-geral da Saúde. Francisco George recordou que, fora das áreas urbanas, há muito o hábito de estabelecer contacto direto com os bombeiros.

Sobre o relatório «Doenças Cérebro-Cardiovasculares em Números 2014», a direção-geral da Saúde sublinha a redução da taxa de mortalidade prematura, que é medida pelos «anos potenciais de vida perdidos» que corresponde ao número de anos que, teoricamente, uma população deixa de viver por morte prematura, antes dos 70 anos.

De acordo com os dados hoje apresentados, entre 2008 e 2012 houve uma redução de 18,91% nos anos potenciais de vida perdidos por doença do aparelho circulatório.

Francisco George lembrou o compromisso de Portugal perante a Organização Mundial de Saúde de diminuir a taxa de mortalidade prematura por todas as causas, considerando que se está no bom caminho.

 
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