Caloiros do ensino privado abandonam mais os estudos - TVI

Caloiros do ensino privado abandonam mais os estudos

Escola [Foto: Lusa]

De acordo com dados do Portal Inforcursos, e comparando os caloiros que entraram para uma licenciatura em 2012/2013 com os que se inscreveram no ano seguinte percebe-se que existem mais casos de abandono no privado do que no ensino público

A percentagem de caloiros que desistiu de estudar um ano após ter entrado para uma licenciatura aumentou nas instituições privadas e diminuiu no ensino público, de acordo com o Portal Inforcursos, que dá informações sobre os cursos em Portugal.

Os estudantes do secundário que se vão candidatar ao ensino superior podem comparar alguns dados sobre os cursos onde gostariam de estudar, bastando para isso aceder ao sítio na internet http://infocursos.mec.pt/.

Ali encontra-se informação tão variada como quantos caloiros abandonaram o sistema de ensino superior nacional um ano após iniciarem determinado curso ou quantos recém-diplomados ficaram no desemprego.

Comparando os caloiros que entraram para uma licenciatura no ano letivo de 2012/2013 com os que se inscreveram no ano seguinte percebe-se que existem mais casos de abandono entre no privado e que a situação se agravou no último ano.

Em 2014, um em cada dez estudantes de uma licenciatura do ensino público tinha desistido do ensino superior, contra 12,6% do privado, segundo dados do portal Infocursos.

No ano seguinte, o panorama tinha melhorado no ensino público, baixando para 9,8%, mas tinha-se agravado no privado, subindo para 13,5%, segundo o portal gerido pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

Nos mestrados, a tendência registada é semelhante: No ensino público há menos abandono e este diminuiu de 2014 para 2015, passando de 5% para 2,3%, e no privado a taxa é superior e aumentou de 7,5% para 12,4%.

No portal é possível analisar, curso a curso, os casos de abandono, assim como também se pode ver a percentagem de recém-diplomados que acabaram por se inscrever no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) como desempregados.

A nível nacional, a plataforma eletrónica mostra uma diminuição de desempregados, quando comparada a situação dos diplomados entre os anos letivos de 2009/2010 e 2012/2013 que se encontravam desempregados em dezembro de 2014 e os diplomados entre 2010/2011 e 2013/2014 que se encontravam desempregados em dezembro de 2015.

Assim, a percentagem de recém-diplomados de cursos de ensino superior público passaram de 8,6% para 8,1%, enquanto no ensino privado tiveram uma redução mais acentuada mas continuaram acima do ensino público, tendo descido de 12,7% para 8,8%.

Estes dados sobre o desemprego também estão disponíveis curso a curso, assim como a forma como os estudantes ingressaram nos cursos (através de concurso local ou institucional, mudança ou transferência de curso ou através das provas para maiores de 23 anos, por exemplo).

A idade média dos alunos que frequentam os cursos, se há mais raparigas ou rapazes inscritos, a média das notas de ingresso dos alunos, quantos estrangeiros existem no curso ou as classificações finais dos diplomados são outras das informações disponibilizadas.

A plataforma online, que foi hoje atualizada, “permite aos candidatos ao ensino superior terem acesso a informação relevante para escolherem melhor a formação superior depois de terminado o ensino secundário”, sublinha o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) em comunicado.

O Infocursos, acrescenta o MCTES, é uma ferramenta útil para o processo de candidatura ao ensino superior na medida em que disponibiliza informação detalhada sobre cada curso de formação inicial - licenciaturas e mestrados integrados.

O Portal Inforcursos foi lançado há dois anos pelo anterior ministro da Educação, Nuno Crato.

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