Cérebros estrangeiros vêm trabalhar para Portugal - TVI

Cérebros estrangeiros vêm trabalhar para Portugal

Realça Mariano Gago que sublinha que já não há fuga de portugueses para o estrangeiro

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse esta terça-feira que não há indícios de fuga de cérebros em Portugal, destacou a capacidade competitiva dos investigadores na faixa dos 30 anos e realçou a vinda de investigadores estrangeiros para o país, escreve a Lusa.

O mesmo não se passa, sublinhou, na área dos investigadores principais, na faixa etária dos 40 a 50 anos. Mariano Gago falava num debate sobre Educação e Investigação realizado no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa, no âmbito de um colóquio de dois dias intitulado Pilares da Estratégia Nacional.

«Actualmente não há indícios de «brain drain» líquido em Portugal», afirmou, acrescentando que o número de investigadores estrangeiros que vêm trabalhar em Portugal é superior ao de saídas de portugueses.

Segundo recordou, a fuga de cérebros foi um fenómeno ocorrido sobretudo antes do 25 de Abril e depois dessa data muitos cientistas regressaram a Portugal, designadamente por razões políticas, como também regressa hoje em dia a esmagadora maioria dos jovens que fazem períodos de formação no estrangeiro.

«Desde então, e de forma mais marcada na última década e nos últimos três ou quatro anos, assistimos a um movimento crescente de capacidade de atracção de estrangeiros para Portugal que não se verificava antes», disse Mariano Gago.

Isso porque a maioria dos concursos em Portugal não eram abertos a estrangeiros «Hoje, qualquer grande laboratório português de investigação que abra um concurso para posições de investigador tem dezenas de candidatos estrangeiros a concorrer em igualdade de circunstâncias com os portugueses», salientou.

O mesmo não se passa com países que tiveram desenvolvimento semelhante a Portugal nas últimas décadas, como a Irlanda ou a Grécia, que não conseguiram ao longo de décadas reter as pessoas que formaram. E isso, explicou, porque «Portugal soube investir na formação avançada ao nível do Ensino Superior, de doutoramentos e de investigação».
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