Quer acabar o curso? Tem o verão para pensar nisso - TVI

Quer acabar o curso? Tem o verão para pensar nisso

Universidade de Coimbra (Lusa/Paulo Novais)

Prazo de candidatura ao programa Retomar, do superior, que terminava esta sexta-feira, alargado até 10 de outubro

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O Governo anunciou hoje o alargamento do prazo de candidatura, até 10 de outubro, do programa Retomar, de apoio ao reingresso no ensino superior, e vai pedir às instituições que convidem pessoalmente os seus ex-alunos a esse regresso.

“Decidimos e vamos fazer um despacho nesse sentido, prolongar o prazo de candidatura de 31 de julho, que seria hoje, até 10 de outubro. Os estudantes podem regressar ao ensino superior e manifestar a sua candidatura ao programa Retomar até ao dia 10 de outubro, cobrindo todo o período de matrículas e inscrições”, disse à Lusa o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes.


O governante falava no final de uma reunião com as associações académicas do ensino superior, com as quais se reuniu esta tarde no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, para fazer um balanço de quatro anos de legislatura, que considerou “muito positivo”, e para conhecer o documento “Por um caminho futuro – o Programa de Governo do Movimento Associativo Estudantil para a XIII Legislatura”, que contém as propostas dos estudantes para o ensino superior, para os próximos anos.

Além do alargamento do prazo de candidatura ao programa Retomar, estendido até 10 de outubro não só para o próximo ano letivo, mas de forma permanente, indo ao encontro das reivindicações dos estudantes, manifestadas recentemente numa carta aberta a Ferreira Gomes, foi também adiantado que as instituições de ensino superior serão convidadas a envolver-se ativamente na divulgação deste programa junto de ex-alunos que não concluíram os cursos e que se encontrem numa situação de desemprego.


Ex-alunos "convidados" a voltar por carta

“Vamos mandar uma carta, combinada com as associações de estudantes, aos reitores e presidentes dos politécnicos, para anunciar o prolongamento do prazo e para reforçar a ideia de que seria importante que ao nível de maior proximidade do estudante, que a instituição possa identificar os estudantes que desapareceram dos registos, que aparentemente abandonaram nos últimos anos e os possa convidar pessoalmente a regressar”, explicou à Lusa o secretário de Estado do Ensino Superior.

À saída da reunião, Carlos Videira, da Associação Académica da Universidade do Minho, manifestou a satisfação dos estudantes com o acolhimento do Governo às propostas estudantis, referindo que neste momento o número de candidaturas ao programa Retomar está entre as 400 e 500, à semelhança do que acontecia pela mesma altura no ano passado, e que não é possível estimar o impacto que o alargamento do prazo terá no aumento de candidatos, uma vez que isso estará dependente da divulgação que as instituições venham a fazer deste apoio a ex-alunos.

Ferreira Gomes referiu que não possível ainda fazer um balanço do programa, implementado no ano letivo que agora termina, e que será preciso esperar pelo fim do ciclo dos alunos que reingressaram para poder avaliar o seu sucesso, o grau de 're-abandono', se existir, e qual foi o apoio dados pelas instituições aos alunos, um dos aspetos previstos no regulamento do Retomar, e que define “um estímulo” de 300 euros a dar a universidades e politécnicos pelo acompanhamento dado aos estudantes.

“As nossas instituições nem sempre fazem um bom trabalho aí, nem sempre conseguem acompanhar pessoalmente cada estudante. […] É preciso fazer um trabalho para que os alunos não se sintam soltos, perdidos. O abandono acontece sobretudo no 1.º ano, porque o aluno se sente perdido”, referiu o secretário de Estado.

O programa Retomar pretendia apoiar o regresso de alunos com menos de 30 anos ao ensino superior.

As condições de acesso implicam que os alunos tenham menos de 30 anos e estejam em condições de terminar o curso antes de completar aquela idade, mas que não tenham possibilidade de suportar os custos.

Para este programa, patrocinado pelo MEC e pelo Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, foi estabelecido o limite de três mil bolsas anuais, no valor de 1.200 euros cada uma, sensivelmente o valor da propina máxima em vigor.

As candidaturas são feitas através do portal da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).
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