É o mais mediático chef em Portugal e também o mais polémico, sobretudo pela sua frontalidade. Ljubomir Stanisic assume que toda a sua vida é uma luta. Esta noite está de regresso aos serões de domingo da TVI para mais uma temporada do "Pesadelo na Cozinha".
O jornalista Paulo Salvador teve uma conversa com ele. Crua, sem filtros e surpreendente.
Já me senti no chão. Já me senti de joelhos a sangrar por todo o lado. Mas, obrigatoriamente, a levantar-me sempre. Nunca me dei por derrotado e nunca me vou dar por derrotado.”
Sou explosivo? Sou sim senhor. Não gosto de injustiça. Sou capaz de arrancar a cabeça às pessoas quando encontro injustiça à minha frente.”
Ljubomir diz que a sua vida, mais do que uma luta, é ainda uma batalha. E não escolhe atalhos para dizer que não é hipócrita.
Se digo que o que mais gosto de comer de manhã é a minha mulher e é pão com manteiga é aquilo que eu mais gosto.”
Uma conversa exclusiva com a TVI, onde o chef assume vitórias e derrotas, sem nunca fugir às acusações. E é claro a responder às acusações de André Silva, do PAN, que lhe chamou “psicopata, com distúrbios mentais”: “A avó dele comia o quê, c…? Não comeu nunca na vida uma cabidela? Nunca viu uma matança do porco? Nem o pai, nem o avô? Não chama o pai nem o avô de psicopatas?”
Ljubomir Stanisic diz ainda, sem pudores, que obriga os funcionários a fazerem exames de despiste do consumo de drogas e garante que se está nas tintas para o que os outros pensam.
Sofri tanto na vida, passei tanta merda na vida, perdi tantas pessoas, que nao tenho paciência para isso", sublinha.
Numa entrevista dura, considerou ofensiva a pergunta porque não tinha uma estrela Michelin.
Veja também:
- Morte de familiares, nascimento dos filhos e “falência de Cascais” marcaram Ljubomir
- “Considerava-me mal pago. Via azeiteiros a fazer o mesmo que eu e ganhavam seis ou sete vezes mais”
- Estrela Michelin: “Estou-me a cagar para isso, tenho a vida bem resolvida”
- “O objetivo de uma Estrela Michelin levou-me à falência”
- Ljubomir tem uma lista negra de clientes: “Para não ser preso, prefiro não os pôr no restaurante”
- “Apanhamos idiotas em todos os caminhos que passamos. Simplesmente, é ignorá-los”