Um surto de sarna (escabiose) afetou seis enfermeiros e uma assistente do serviço de medicina interna do Hospital de Vila Real, uma situação que teve origem numa utente e já está a ser acompanhada pelo delegado de saúde local.
Fonte do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) disse à agência Lusa que os casos verificados de escabiose no Hospital de Vila Real aconteceram pelo contacto direto com uma doente que esteve internada no serviço de medicina.
De acordo com o CHTMAD, a escabiose afetou seis enfermeiros e uma assistente operacional, os quais se encontram de baixa e estão ser tratados segundo o protocolo médico instituído. Ou seja, estão em tratamento dermatológico. A sarna é uma doença de pele que é contagiosa e provoca uma grande comichão.
Todos os restantes profissionais do serviço de medicina estão em tratamento profilático adequado à situação.
Pela monitorização até agora efetuada, a administração da unidade saúde diz que não verificou «a existência de mais nenhum doente contaminado e, assim sendo, não está previsto o encerramento do serviço em questão».
O CHTMAD referiu ainda que, após ter sido detetada a situação, foi acionada de imediato a Autoridade de Saúde Pública Local, o Serviço de Saúde Ocupacional e Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) do centro hospitalar para monitorização e acompanhamento, nomeadamente no lar residente onde esta doente se encontra.
Jorge Cadete, presidente do conselho diretivo da Secção Regional do Norte (SRN) da Ordem dos Enfermeiros (OE), afirmou à agência Lusa que «à partida estas situações não são muito comuns».
O responsável explicou que, segundo informações recolhidas no CHTMAD, a doente, proveniente de um lar, esteve internada no Hospital de Vila Real em janeiro e que foi já final do internamento que foi detetada a doença, a qual possui um período de incubação.
Entretanto, segundo disse, foram acionados todos os mecanismos de defesa, como uma desinfestação de roupa e do próprio serviço, acrescentando que a «situação será minimizada rapidamente».
Quanto à baixa dos seis enfermeiros, Jorge Cadete referiu «não é uma situação de alarme». Reconheceu, no entanto, que poderá haver algum reflexo no funcionamento do serviço, levando a uma sobrecarga dos enfermeiros a nível de mais doentes e mais horas de trabalho.
«O que não quer dizer que internamente a direção de enfermagem não procure que estas horas necessárias de enfermeiros não sejam cobertas por outros enfermeiros em mobilidade interna. Penso que internamente será sempre encontrada uma solução», frisou.
Sete profissionais infetados com sarna no Hospital de Vila Real
- Redação
- 6 fev 2015, 19:22
Seis enfermeiros e uma assistente operacional estão de baixa e em tratamento dermatológico
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