"Cheiros nauseabundos". Encarregados de educação pedem condições de higiene para escola de Alvalade - TVI

"Cheiros nauseabundos". Encarregados de educação pedem condições de higiene para escola de Alvalade

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  • 29 jul 2020, 19:26
Escola

Escola Básica Teixeira de Pascoais, em Lisboa, está em obras há três anos. Pais denunciam que monoblocos de casas de banho não estão ligados aos esgotos

Os encarregados de educação da Escola Básica Teixeira de Pascoais, em Lisboa, pedem condições de higiene e segurança naquele estabelecimento, que se encontra em obras há três anos, alertando para os monoblocos que não têm ligação aos esgotos.

Tem cheiros nauseabundos. No inverno começa logo a entupir”, explicou à agência Lusa o presidente da Associação dos Encarregados de Educação da escola, na freguesia de Alvalade, Hugo Ferreira.

De acordo com o dirigente, existem dois monoblocos de casas de banho que não estão ligados ao ramal principal de esgotos, pelo que deveriam ter uma utilização máxima de seis meses a um ano.

“Era importante isto estar resolvido há muito tempo, até porque a situação de obras naquela escola é muito grave e só, finalmente, no dia 13 de julho foram retomadas”, observou, realçando que deverão terminar no final de 2021.

Com 250 alunos, do 1.º ao 4.º ano, a Teixeira de Pascoais viu as obras iniciarem-se em 2017, tendo parado em 2018. Uma nova adjudicação ocorreu em 2019.

Em 11 de junho do ano passado, a Assembleia Municipal de Lisboa recomendou à câmara que se encontrasse solução para as obras interrompidas por falência do empreiteiro, tendo o município prometido intervenções no verão para maior "conforto e dignidade".

O vereador da Educação, Manuel Grilo (BE), disse na ocasião aos deputados municipais que, para "minimizar a falta de condições" da escola, em que parte dos alunos têm aulas em monoblocos, seriam feitas "intervenções entre julho e agosto, para conferir mais conforto e dignidade" ao espaço, com a criação de telheiros para ligações cobertas e mais sanitários, entre outras medidas.

Para Hugo Ferreira, a situação atual é “inaceitável”, e os pais e os encarregados de educação temem que não haja condições para que o novo ano letivo comece.

“Em última análise, se não for feito nada, vamos lutar para que a escola não reabra”, admitiu.

Em resposta enviada à Lusa, o gabinete do vereador da Educação, Manuel Grilo, afirmou que na terça-feira (28 de julho) foi realizada uma vistoria à escola – bem como às outras escolas do município com jardim de infância e 1.º ciclo – por uma equipa da Direção Municipal de Manutenção e Conservação, responsável pelas obras municipais.

“A indicação dada por esta equipa é de que todas as intervenções estarão prontas antes do início do ano letivo”, referiu.

O gabinete de Manuel Grilo adiantou ainda que está marcada uma reunião para sexta-feira sobre o CAF - Complemento de Apoio à Família, acrescentando que também já foi marcada uma reunião entre a Câmara Municipal de Lisboa e a comunidade escolar para a primeira semana de setembro, de modo a aferir as intervenções realizadas.

Hoje, na reunião de câmara, o vereador do Bloco de Esquerda disse que tem havido “diálogo contínuo” com a Associação dos Encarregados de Educação, com a direção da escola e com o presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, José António Borges (PS).

A agência Lusa tentou contactar Agrupamento de Escolas de Alvalade, mas sem sucesso.

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