Alunos sem intervalo para almoço - TVI

Alunos sem intervalo para almoço

Refeição gourmet em escola

Inspecção detectou casos em que estudantes têm aulas de educação física antes de passar uma hora sobre a refeição

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Mais de cinco por cento dos horários das turmas do terceiro ciclo não respeitam o intervalo para almoço e quase dois por cento dos alunos têm aulas de educação física antes de passar uma hora sobre aquela pausa.

Segundo o relatório anual da Inspecção-Geral de Educação (IGE), divulgado esta terça-feira em Lisboa, 94,4 por cento dos horários daquele nível de ensino respeitavam o intervalo para almoço e 98,3 o intervalo de uma hora após a refeição antes do arranque de uma aula de Educação Física.

O documento «Organização do Ano Lectivo 2008/09» revela que, relativamente ao 2º ciclo do ensino básico, quatro por cento dos horários das turmas não cumprem o intervalo para almoço e um por cento não respeita a regra relativa à actividade desportiva.

No ensino secundário, os números do incumprimento situam-se nos 2,5 por cento e um por cento, respectivamente.

De acordo com a legislação em vigor, «sempre que as actividades escolares decorram nos períodos da manhã e da tarde, o intervalo do almoço não pode ser inferior a uma hora por estabelecimentos de ensino dotados de refeitório e de uma hora e trinta minutos para os restantes».

Por outro lado, «as aulas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de findo o período que a escola/agrupamento definiu para almoço», lê-se no relatório.

Poucos furos e horários equilibrados

Relativamente à descontinuidade dos horários, apenas dois por cento das turmas do 2º ciclo do ensino básico apresentam furos, um valor que sobe para 2,7 por cento no terceiro ciclo, apesar deste dado se situar nos 1,9 por cento no ano lectivo anterior.

«São constrangimentos relacionados sobretudo com disciplinas optativas, que nem sempre é possível colocar no início ou no termo das actividades lectivas», explicou, em conferência de Imprensa, o inspector-geral de Educação, José Maria Azevedo.

Segundo as orientações da tutela, o número de aulas curriculares diárias não deve ultrapassar quatro blocos e deve-se evitar a existência de aulas isoladas e de furos.

No 2º ciclo, sete por cento das turmas tinham mais do que quatro blocos no mesmo dia, enquanto no 3º ciclo este valor sobe para os 17,6 por cento.

Quanto às turmas que respeitam o princípio do equilíbrio, de forma a que não haja dias muito sobrecarregados, 92,1 por cento e 90,2 por cento cumprem, no segundo e terceiro ciclos, respectivamente.
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