Covid-19: Fenprof acusa governo de não garantir condições no retorno do ensino à distância - TVI

Covid-19: Fenprof acusa governo de não garantir condições no retorno do ensino à distância

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  • 29 jan 2021, 18:28
Ensino à distância no primeiro dia do terceiro período do ano letivo

O sindicato dos professores fala “uma total incapacidade de planeamento, de identificação das necessidades no terreno e de alocação dos recursos necessários” na transição para o ensino online

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou, esta sexta-feira, o Governo de não garantir condições para o regresso ao ensino à distância em 08 de fevereiro, tanto para alunos como para professores.

Regressará o ensino a distância. Porém, alguns dos principais constrangimentos sinalizados o ano passado, como a falta de computadores e a ligação à Internet, mantêm-se”, alerta a Fenprof em comunicado.

O sindicato compreende que não resta alternativa ao ensino à distância, mantendo-se a atual situação epidemiológica, mas fala de “uma total incapacidade de planeamento, de identificação das necessidades no terreno e de alocação dos recursos necessários” na transição para o ensino online.

Para a Fenprof, o Ministério da Educação, até à data, “não garantiu sequer aos alunos carenciados os prometidos computadores (só alguns do secundário os terão já recebido), situação tão mais inaceitável quanto se conhece o impacto do ensino a distância no agravamento das desigualdades”.

No que toca à classe docente, a Federação Nacional dos Professores afirma que “o Governo continua a ignorar o que a lei estabelece em relação ao teletrabalho, designadamente no que respeita às condições que terão de ser garantidas aos trabalhadores que exerçam atividade neste tipo de regime”.

A Fenprof recorda a lei referindo que, na falta de estipulação no contrato, se presume “que os instrumentos de trabalho respeitantes a tecnologias de informação e de comunicação utilizados pelo trabalhador pertencem ao empregador, que deve assegurar as respetivas instalação e manutenção e o pagamento das inerentes despesas”.

Neste sentido, a Fenprof propôs, no ano letivo passado, a adoção de medidas de compensação aos docentes, nomeadamente através de tratamento fiscal, mas “o Governo não quis dialogar sobre o assunto”.

No início da próxima semana, a Fenprof vai enviar ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação uma carta aberta na qual manifestará as suas preocupações e apresentará propostas para atenuar dificuldades e problemas inerentes ao ensino à distância”, refere.

O regime de ensino não presencial vai ser retomado em 08 de fevereiro.

As novas medidas decididas ontem fazem parte do novo período de estado de emergência que irá vigorar a partir das 00:00 de 31 de janeiro.

Em Portugal, a pandemia de covid-19 provocou 11.886 mortos resultantes dos 698.583 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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