Metas da Educação para 2015 «são exequíveis» - TVI

Metas da Educação para 2015 «são exequíveis»

Escola

Mas os directores das escolas defendem mudanças ao nível dos programas e uma aposta séria na formação contínua de professores

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«As metas são exequíveis em termos nacionais. Em algumas escolas não serão atingidas e noutras serão ultrapassadas. Cada escola tem de olhar para si, ver como está e como pode lá chegar», afirma Adalmiro Botelho da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), em declarações à Lusa.

Mas, Adalmiro Botelho defende que para serem atingidas estas metas deveriam ser «simplificados» os programas do ensino básico, já que muitas vezes as matérias «cruzam-se» entre disciplinas e os alunos aprendem coisas «sem utilidade».

Por outro lado, considera que é necessária uma verdadeira «política de formação contínua de professores» e um aprofundamento da autonomia das escolas, sobretudo ao nível da contratação de professores. «Se as escolas são responsáveis por atingir os resultados têm de ter os activos materiais e humanos à sua responsabilidade. Temos de começar logo pelos professores. Temos de ter mais influência na contratação de professores», defende.

Exigência não pode diminuir

O Conselho das Escolas alertou também, entretanto, que a definição de metas nacionais de sucesso educativo não pode implicar uma diminuição da exigência e sublinhou que não podem ser apenas as escolas a contribuir para o cumprimento dos objectivos.

«Não será fácil, mas ninguém está a dizer que não é possível. Isto não pode é contribuir para menos exigência sobre os alunos. Não queremos resultados a qualquer preço e temos de nos preocupar com saltos qualitativos nas aprendizagens», afirmou o novo presidente do Conselho das Escolas, Manuel Esperança, em declarações à Lusa.

O presidente do Conselho das Escolas, órgão consultivo do Ministério da Educação, recusa pronunciar-se sobre se as metas definidas pelo Governo são ambiciosas, lembrando a necessidade de todos os parceiros, escolas, famílias e tutela, contribuírem para o seu cumprimento.

«Não podemos deixar esse trabalho só para as escolas. É necessário um grande empenho também das famílias, sobretudo ao nível do acompanhamento dos alunos», defendeu.
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