Sintra: «A direcção parece que tem medo» - TVI

Sintra: «A direcção parece que tem medo»

Rui (nome fictício) saiu da escola EB 2/3 de Fitares porque já tinha sido ameaçado e assaltado. Lembra-se vagamente do professor Luís, «um muito quietinho»

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Rui (nome fictício) já saiu da escola EB 2/3 de Fitares, onde leccionava o professor de música que se terá suicidado na sequência de maus-tratos dos alunos. Saiu há dois anos, quando já não aguentava mais.

«A escola tem professores, funcionários e instalações excelentes. Só que o ambiente é péssimo», desabafou ao tvi24.pt, enquanto tentava recordar o professor Luís: «Não me lembro muito bem dele, era um professor muito quietinho...»

Fenprof preocupada

O jovem de 17 anos conta que sofreu várias «ameaças» de outros alunos e que «só não chegaram a violência» porque a sua mãe foi falar com «eles». «Não valia a pena ir falar com a direcção [da escola]...», acrescentou.

Suicídio: agressões podem ser «gota de água», mas não a causa

Uma vez, recorda, «uma aluna atirou uma cadeira a uma funcionária». «Não fizeram nada», lamenta Rui. «A direcção parece que tem medo deles», completa. «Eles», segundo o ex-aluno de Fitares, são de «um bairro problemático» que se situa perto do estabelecimento de ensino.

E como são «eles» no dia-a-dia? «São violentos, muito violentos. Na atitude, na maneira de falar. Não têm respeito por ninguém», acusa.

Falta de acompanhamento psicológico nas escolas

O pai de Rui, de 52 anos, conta que, quando o jovem foi assaltado, chegou «a fazer duas esperas à porta da escola para os apanhar». «Mas não consegui. Felizmente a polícia apanhou-os depois», disse ao tvi24.pt.

Até que a decisão final chegou: «Tirámos o Rui daquela escola por uma questão de segurança. E pelos vistos continua tudo na mesma.»
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