Valença: 13 crianças queixam-se de «bullying» - TVI

Valença: 13 crianças queixam-se de «bullying»

(Foto Cláudia Lima da Costa)

Uma semana depois dos pais começarem um protesto vão regressar às aulas

Treze crianças que se queixam de «bullying» numa escola básica de Valença regressaram hoje às aulas, uma semana depois de um protesto encetado pelos pais, face às garantias transmitidas pela direção escolar.

De acordo o porta-voz dos pais e encarregados de educação desta escola básica de Valença, a direção do agrupamento assumiu «a promessa» de «reforçar a vigilância».

Em causa estão três alunos que, segundo os pais, estão na origem do furto de dinheiro e de material didático às restantes crianças, bem como de ameaças e agressões sobre os colegas, de seis anos.

«Estes meninos serão acompanhados por outro professor durante as aulas, na hora das refeições e nos intervalos. Vamos ver se assim dá para funcionar», explicou à agência Lusa Álvaro Guimarães, referindo-se às garantias obtidas pelos pais junto da direção do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho.

Com esta solução, que resultou da reunião realizada na segunda-feira com a direção escolar, as treze crianças de uma das turmas do primeiro ano daquela escola básica começaram hoje a regressar às aulas, o que já não acontecia desde 05 de fevereiro devido aos receios dos menores e ao protesto dos pais.

«Em novembro sentimos as primeiras alterações no comportamento das crianças, nomeadamente o medo de irem para a escola, entre outros sintomas típicos do "bullying". Em dezembro formalizamos a nossa preocupação por escrito», recordou ainda o porta-voz destes pais.

Segundo Álvaro Guimarães, «na prática», nos últimos mais de dois de meses, «nada mudou» nestes comportamentos, daí a preocupação dos pais e encarregados de educação em verem cumpridas as promessas.

Uma nova reunião com a direção do agrupamento de escolas ficou marcada para o mês de março.

«Mas este grupo de três alunos, que desequilibram as aulas e são agressores de "bullying", também é vítima do sistema. Eles precisam de apoio psicopedagógico e social para se inserirem na comunidade de que fazem parte», enfatizou o porta-voz dos pais.
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