«Erro matemático» na colocação de professores - TVI

«Erro matemático» na colocação de professores

Denúncia parte da Associação Nacional de Professores Contratados, que exige esclarecimento de critérios, para se poder avançar com recursos

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Um «erro matemático» condicionou a colocação de milhares de docentes, para este ano letivo. A denúncia é da Associação Nacional de Professores Contratados (ANVPC). Em causa, de acordo com o jornal «Público», está a fórmula para ordenar os professores sem vínculo que concorreram à Bolsa de Contratação de Escola (BCE).

A BCE vem substituir as ofertas de escola, nos estabelecimentos em Território Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) e com autonomia, que contratavam diretamente professores em falta, depois da colocação dos docentes do quadro e da contratação inicial de professores sem vínculo. A intenção do Ministério da Educação era precisamente eliminar eventuais fatores de subjetividade na seleção de professores.

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Na BCE, a classificação de cada professor depende da média ponderada de 50 por cento da graduação profissional e 50 por cento da avaliação curricular. Mas a ANVPC afirma não ter sido exatamente assim, já que a graduação profissional acabou por ter um peso inferior ao da avaliação curricular.

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«O valor de 50 por cento dado à avaliação curricular não explica a discrepância de centenas ou mesmo milhares de lugares na lista», argumenta César Israel Paulo, da ANVPC.

Alguns docentes concorreram a mais de 200 escolas e em cada uma delas, o mesmo professor ocupou um lugar diferente na lista de colocação.

«Depois de colocar muitas hipóteses», a associação está convicta de que há um «erro matemático». «O MEC terá ignorado que a graduação profissional é um valor de base 20 [numa escala de números absolutos e não uma percentagem] e somou 50% desse valor com 50% da percentagem obtida na resposta aos subcritérios relativos à avaliação curricular sem converter uma das grandezas», diz César Israel Paulo.

A ANVPC quer agora saber as cotações associadas a cada item de resposta, em cada escola e em cada grupo de recrutamento, assim como a cotação por candidato, por escola e por grupo de recrutamento. «Só assim os professores poderão fazer comparações e avançar com um processo de recursos hierárquico coeso, justo e objetivo», adianta.
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