Professores com deficiência poderão ficar sempre na mesma escola - TVI

Professores com deficiência poderão ficar sempre na mesma escola

Tiago Brandão Rodrigues

Ministro, ouvido na Comissão de Educação, revela que tem neste momento em curso um processo negocial com os sindicatos sobre um novo regime de concursos

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, admitiu esta terça-feira no Parlamento que docentes com deficiência possam lecionar sempre na mesma escola.

De acordo com o ministro, um novo diploma em negociação com os sindicatos "abre a porta" para que professores invisuais ou em cadeira de rodas possam "exercer a atividade sempre no mesmo espaço".

O Ministério da Educação tem neste momento em curso um processo negocial com os sindicatos sobre um novo regime de concursos.

O ministro está esta terça-feira a ser ouvido na Comissão de Educação sobre a política do ministério.

Tiago Brandão Rodrigues insistiu que as retenções de alunos (chumbos) não têm contribuído para capacitar as crianças e jovens com mais dificuldades na escola.

"As retenções não têm sido capazes de resgatar os nossos estudantes no que diz respeito à aquisição de competências e de as por em prática depois".

Os deputados voltaram a discutir os resultados do PISA (programa internacional de avaliação de alunos), divulgados este mês e que colocaram os alunos portugueses de 15 anos acima da média da OCDE.

O ministro congratulou-se com os resultados dos domínios avaliados, mas manifestou novamente preocupação com os chumbos: "Temos uma taxa de retenção de 30%, os nossos parceiros da OCDE têm 13%".

A preocupação expressa pelo ministro foi secundada pela deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, para quem Portugal apresenta "níveis de retenção excessivos".

O CDS-PP, através da deputada Ana Rita Bessa, frisou que as taxas de retenção de alunos, sendo ainda elevadas, têm vindo a melhorar.

A deputada do PCP Ana Mesquita manifestou, por seu lado, preocupação com o envelhecimento do corpo docente, um problema reconhecido pelo ministro, que prometeu trabalhar em soluções para que possam ser adotadas respostas "paulatinamente".

O deputado do PSD Amadeu Albergaria aproveitou a ocasião para entregar ao ministro uma lista de 50 perguntas/requerimentos a que o Ministério da Educação "não respondeu" ao longo do ano.

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