«Passar sem saber é dramático para o futuro de Portugal» - TVI

«Passar sem saber é dramático para o futuro de Portugal»

Rui Rio, presidente da Câmara do Porto

Rui Rio revelou-se «preocupado» com a «estratégia do Ministério da Educação

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O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, manifestou-se esta segunda-feira «preocupado» com a «estratégia do Ministério da Educação de baixar reprovações» e defendeu que «passar sem saber é dramático» para o futuro do País.

«Fico particularmente preocupado quando se diz que é estratégia do Ministério da Educação procurar acabar com as reprovações», afirmou o autarca do Porto durante a cerimónia de entrega de prémios de mérito escolar «Rumo à Excelência» que hoje agraciou os três melhores alunos do concelho.

Rui Rio disse «não acreditar que algum dia em Portugal todos os alunos saibam tudo o que é necessário para passar», pelo que «passar sem saber é dramático para o futuro de Portugal».

«É da vida. Ou sabemos ou não sabemos. Se sabemos podemos exercer a função, se não sabemos não podemos exercer. Num país desenvolvido é assim que deve ser e, se não cuidarmos disso, no futuro não podemos ser considerados país desenvolvido», frisou.

Rui Rio afirmou-se também «chocado» com a possibilidade de «alguém não fazer o secundário, ir por uma via lateral, fazer apenas um exame de inglês, ter 20 nesse exame e tem 20 de média de entrada na faculdade, ultrapassando muitos outros que se esforçaram».

O social-democrata referia-se a uma notícia veiculada no fim-de-semana segundo a qual um aluno entrou no ensino superior tendo equivalência ao 12.º ano através do programa Novas Oportunidades e não precisou de fazer todos os habituais exames nacionais.

«Mas aqui o importante não é dizer que ultrapassou [outros alunos]. O importante é dizer que as pessoas para chegarem lá [ao ensino superior] têm de estar preparadas e eu não acredito que uma pessoa a quem só se exige isso [um exame] possa estar devidamente preparada», salientou.

Acrescentou que o aluno em causa «fez o que pôde pela vida e bem», mas «o sistema é que não pode permitir isto».
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