«Portas não pode estar contra a taxa e continuar no Governo» - TVI

«Portas não pode estar contra a taxa e continuar no Governo»

Paulo Portas (Lusa/Miguel A. Lopes)

Reformados garantem que já perceberam «o esquema» do ministro: «Garantir o eleitorado, traindo-o»

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A presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE!) classificou a posição do ministro Paulo Portas quanto à taxa sobre os pensionistas de «impensável» e disse que se está contra não pode continuar no Governo.

Maria do Rosário Gama, que falava em declarações à agência Lusa a propósito das declarações de Paulo Portas de que é «politicamente incompatível» com a «impropriamente chamada Taxa Social Única [TSU] dos pensionistas», salientou que o ministro «não pode estar contra a taxa e continuar no Governo».

«Acho que estão a querer fazer das pessoas ignorantes. Se a taxa de sustentabilidade foi inscrita no documento a apresentar à troika e teve a assinatura de Paulo Portas, que já se havia pronunciado contra ela, então esta taxa tem todas as probabilidades de vir a ser aplicada», adiantou Maria do Rosário Gama.

A presidente da Apre! disse à Lusa que «uma assinatura é um compromisso».

«Terei de dizer que este jogo não é sério. Não se assina um documento faz de conta. Não se pode estar contra uma medida e ao mesmo tempo sufragar essa medida, portanto, isto só pode ser compreendido como uma forma de garantir o eleitorado, traindo-o», frisou.

Maria do Rosário Gama considera que esta situação é «inédita» e «impensável», defendendo a queda do Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

«Num dia dizem uma coisa, noutro dizem outra. É uma forma de garantir o eleitorado, afinal somos três milhões [de pensionistas], um terço da população. Já toda a gente percebeu o esquema de Paulo Portas que é ter um pé dentro e outro fora [do Governo]», realçou.

Na opinião da responsável, esta situação reflete o «descrédito total dos políticos e da forma como encaram a política».
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