Proteção Civil entrega 20 tendas nas prisões e nove já estão montadas - TVI

Proteção Civil entrega 20 tendas nas prisões e nove já estão montadas

  • CE
  • 1 abr 2020, 15:24
Eduardo Cabrita

De acordo com o Ministério da Administração Interna, o objetivo é permitir "uma maior capacidade de gestão e seguranças dos presos” face à pandemia do novo coronavírus

Vinte tendas foram cedidas a estabelecimentos prisionais, das quais nove já foram montadas, “permitindo uma maior capacidade de gestão e seguranças dos presos” face à pandemia do novo coronavírus, informou esta quarta-feira o Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo uma nota do MAI, a distribuição das tendas foi feita entre 26 e 28 de março, numa articulação entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

A nota adianta que, na terça-feira, a Força Especial de Proteção Civil FEPC) concluiu a distribuição de 30 mil máscaras FFP2 pelos 18 comandos distritais, “reforçando os equipamentos de proteção individual dos corpos de bombeiros e dos seus operacionais, os quais contactam diariamente com pessoas doentes e em ambientes de risco acrescido”.

Em balanço, o MAI dá conta que, em articulação com as Autoridades de Saúde e com as autoridades políticas locais, foram também instaladas duas tendas no distrito da Guarda, aumentando assim a capacidade de acolhimento e triagem dos doentes de Covid-19.

Foram igualmente enviadas duas tendas para a região do Algarve, para aumentar a capacidade das urgências dos hospitais de Faro e de Portimão na receção de infetados.

Por todo o país, os diferentes agentes de proteção civil e os municípios têm vindo a desenvolver uma intensa atividade de mobilização de recursos e valências, destacando-se as vertentes da sustentação logística, do apoio às populações e a operacionalização de soluções alternativas para o apoio a lares e outros estabelecimentos similares, em articulação com a Segurança Social”, afirma o MAI.

Neste balanço, o MAI refere que estão já operacionalizadas 433 zonas de apoio com uma capacidade total de cerca de 28.000 pessoa, e identificados 242 locais de apoio para a evacuação de lares e outros estabelecimentos com uma capacidade total de perto de 7.000 utentes.

A nota sublinha ainda que os comandos distritais de operações de Socorro da ANEPC “concentram, igualmente, a sua atenção na preparação e organização de postos de comando que operacionalizam os planos de emergência de proteção civil distritais acionados, respondendo a situações atuais e futuras de maior exigência do sistema de proteção civil”.

Ainda no âmbito do reforço dos equipamentos de proteção individual (EPI), a ANEPC, em articulação com as autoridades de saúde, garantirá durante a tarde de hoje a distribuição do segundo reforço de equipamentos pelas forças e serviços de segurança, num total de 122.000 novas máscaras cirúrgicas tipo II”, segundo o MAI.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Ccovid-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 468 mil infetados e mais de 31.000 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 12.428 óbitos em 105.792 mil casos confirmados até terça-feira.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).

Dos infetados, 726 estão internados, 230 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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