Covid-19: português apanhado em fraude de venda de máscaras nos Estados Unidos - TVI

Covid-19: português apanhado em fraude de venda de máscaras nos Estados Unidos

Máscaras

Jorge Sousa enviou milhões de e-mails a promover um produto avançado, com garantia de três anos, afinal a máscara era descartável e tinha uma validade máxima de 24 horas

Ricardo Jorge Pereira de Sousa Carvalho, português, é responsável por uma empresa com sede em Malta, a MDE Commerce, apanhada num esquema fraudulento de venda de máscaras, nos Estados Unidos, avança o site de notícias Buzz Feed.

O equipamento de proteção individual terá sido colocado no mercado descrito como um produto mais avançado e com uma garantia de três anos. Afinal, as máscaras não passam de uma proteção descartável, com um uso máximo de apenas 24 horas.

A MDE Commerce lançou o equipamento, chamado SafeMask, no mercado norte-americano em fevereiro, enviando milhões de e-mails para o promover. As máscaras eram vendidas por cerca de 37 euros, um valor muito acima do custo real daquele tipo de produto.

Jorge Sousa, descrito pelo Buzz Feed como "um milionário com uma coleção de carros, empresas e casas em Malta, Seychelles, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Estónia", garantiu ao site de notícias que não enganou as pessoas e que estava apenas, de uma forma honesta, a vender equipamentos de proteção individual.

No entanto, essa não é a realidade. Os emails de promoção garantiam que a máscara, que ainda não estava certificada nos Estados Unidos, era validada clinicamente na Europa. Para o provar, o empresário enviou um comprovativo ao Buzz Feed da empresa que alegadamente testou a qualidade da máscara. Porém, a companhia francesa em causa garantiu que o documento tinha sido forjado.

Comparámos este certificado com os que temos nos nossos registos internos e encontrámos uma série de incongruências que nos levam a acreditar que o certificado não foi emitido por nós, e é provável que seja um documento falsificado", deixou claro a empresa.

Confrontado com este facto, o advogado do empresário português recusou-se a comentar a acusação. Ainda assim, a polémica já está a fazer mossa: o preço das máscaras caiu 75% e várias plataformas recusam-se a prosseguir com a venda do equipamento de proteção individual.

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