Como ficam os militares portugueses no Iraque depois do ataque do Irão - TVI

Como ficam os militares portugueses no Iraque depois do ataque do Irão

Militares portugueses

Contingente nacional está na base militar de Besmayah

Com o ataque das forças iranianas a duas bases militares dos Estados Unidos no Iraque, vários contingentes internacionais ficam em risco. Entre eles está um grupo de 34 portugueses, que se encontram na base militar de Besmayah, a cerca de 40 quilómetros da capital do Iraque, Bagdade.

De acordo com o comunicado do Ministério da Defesa, esclarece que os miliatres portugueses não foram afetados pelos ataques. 

Na sequência do que tem sido noticiado relativamente aos ataques a bases aéreas norte-americanas, o Ministério da Defesa Nacional informa que o contingente militar português não se encontra aquartelado nessas instalações, permanecendo na base militar de Besmayah, e não foi afetado pelos acontecimentos desta madrugada". 

Este destacamento integra o 10º contingente nacional no Iraque, integrado na missão da coligação internacional, que é liderada pelos norte-americanos.

A tutela disse ainda que está em "contacto regular com os militares portugueses presentes na região e serão tomadas as medidas de segurança que forem consideradas necessárias"

O ataque do Irão às bases militares de Ain Al Asad e Erbil, realizado esta quarta-feira, aconteceu depois da morte do general Qassem Soleimani.

Em baixo pode ver um mapa relativo à posição portuguesa no terreno.


Governo espanhol garante que a situação em Besmayah está calma

O Ministério da Defesa de Espanha assegurou esta quarta-feira em Madrid que o contingente espanhol destacado no Iraque, que integra os militares portugueses no país, não sofreu qualquer ataque e que a situação está “calma e sem grandes alterações”.

Fonte do Ministério contactada pela agência Lusa referiu a “normalidade” na base de Besmayah, onde estão os militares espanhóis, sem fazer referência específica aos portugueses que aí também se encontram.

Por seu lado, a Ministra da Defesa em exercício, Margarita Robles, que está em contacto permanente com o contingente espanhol destacado no Iraque, também declarou que os militares espanhóis estão "calmos".

Espanha tem cerca de 550 militares estacionados na base Gran Capitan em Besmayah, mais outros três na capital do país.

A NATO e a coligação internacional liderada pelos EUA de combate ao “Daesh” (acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico), designada "Inherent Resolve", anunciaram, respetivamente no sábado e no domingo, a suspensão das atividades de formação e treino, após a morte do general iraniano Qassem Soleimani num ataque aéreo dos EUA contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdad, que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.

Treze militares espanhóis estavam destacados em Bagdad, mas dez deles foram transferidos para o Kuwait, depois de a organização internacional ter decidido "reposicionar" temporariamente parte do seu pessoal no Iraque para diferentes locais dentro e fora do país.

Com esta medida preventiva, a NATO está a tentar proteger o seu pessoal da escalada de tensão que se seguiu ao ataque dos EUA que matou o general iraniano Qasem Soleiman em Bagdad.

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