PSP: estatuto tem «tudo o que há de mau na Função Pública» - TVI

PSP: estatuto tem «tudo o que há de mau na Função Pública»

Polícia à porta da escola

Sindicato Nacional de Polícia critica diploma do Governo para o sector

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O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) acusou esta terça-feira o Governo de querer importar «tudo o que há de mau na Função Pública» para o novo estatuto profissional da PSP e de seguir critérios «economicistas», refere a Lusa.

De acordo com o presidente do Sinapol, Armando Ferreira, o sindicato saiu com «uma impressão muito negativa» de uma reunião que teve hoje no Ministério da Administração Interna, referindo que com o projecto de estatuto «os polícias perdem regalias».

«Este estatuto, tal como está, não tem como fim ajudar os polícias, mas sim as finanças públicas, quando a segurança, que é um dos pilares da democracia e traz turismo e dinheiro para o país, devia estar acima disso», defendeu.

Os principais pontos de discórdia prendem-se com as reformas, carreiras, serviços de saúde e o método de avaliação, disse Armando Ferreira.

«Os nossos serviços de saúde estão cada vez mais degradados, temos menos médicos e os familiares não têm direito. Era melhor do que antes de descontarmos 1,2 por cento dos salários, tínhamos mais médicos e melhores serviços», argumentou.

Além disso, o Sinapol discorda da reforma aos 60 anos e pré-reforma aos 55 desde que se tenha 36 anos de serviço, mais tarde que a GNR: «A Guarda não faz um serviço diferente para se poder reformar mais cedo».

Quanto ao sistema de avaliação, o Sinapol salienta que está feito para «evitar que os polícias progridam na carreira», ao impôr «quotas» reduzidas nas notas de «Bom» e «Muito Bom», que permitem progressão em três e dois anos, respectivamente, reservando para a maioria das avaliações a nota «suficiente», que apenas permite progressão ao fim de cinco anos.

O Sinapol reclama ainda a criação de mais postos na carreira, mas lamenta que o Governo esteja «irredutível nas questões mais importantes».

Anunciando que participará na manifestação de 21 de Abril convocada por vários sindicatos de polícia, o Sinapol avisa o Governo para que «não faça um braço-de-ferro com os polícias, que têm muito mais força na sociedade portuguesa que os professores».
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