Calor extremo durante a gravidez pode afetar a saúde cardíaca do bebé - TVI

Calor extremo durante a gravidez pode afetar a saúde cardíaca do bebé

  • MP
  • 30 jan 2019, 19:18
Grávida

Estudo conclui que entre 2025 e 2035 irá nascer um grande numero de bebés com problemas cardíacos, devido à exposição das mães a altas temperaturas

A percentagem de bebés que nascem com problemas cardíacos pode ser maior caso as mães se tenham exposto a temperaturas bastante altas durante a gravidez, concluiu um estudo publicado, esta quarta-feira, no Journal of American Heart Association

Com base nos dados climáticos do governo norte-americano, nos próximos verões, os Estados Unidos vão enfrentar temperaturas bastante altas. 

Por isso, conclui o estudo, entre 2025 e 2035 irá nascer um grande numero de bebés com problemas cardíacos, devido à exposição das mães a altas temperaturas durante a primavera ou o verão. 

O aumento potencial tanto no número de mulheres grávidas quanto na exposição ao calor materno sugere um efeito alarmante que a mudança climática pode ter sobre a saúde reprodutiva", lê-se no estudo.

Para além dos dados climáticos do Governo americano, foram também analisados dados registados no Estudo Nacional de Prevenção de Defeitos Congénitos - um estudo de base populacional que tem como foco os fatores de risco de defeitos congénitos.  Os defeitos congénitos podem prejudicar a saúde geral do bebé e, potencialmente, afetar a forma como o corpo funciona ou se desenvolve.

Ainda não está claro qual o elo de ligação entre as altas temperaturas e os problemas cardíacos congénitos. Porém, de acordo com pesquisas anteriores, o calor extremo coloca não só as mães em risco de ter os bebés mais cedo do que o suposto, como também aumenta a probabilidade do bebé nascer abaixo do peso ideal.

Embora este estudo seja preliminar, seria prudente que as mulheres nas primeiras semanas de gravidez evitassem os extremos de calor semelhantes aos conselhos dados às pessoas com doenças cardiovasculares e pulmonares durante os períodos de calor", explicou Shao Lin, autor do estudo.

O estudo adianta ainda que a mudança climática pode resultar em até 7.000 casos adicionais de defeitos cardíacos congénitos nos Estados Unidos ao longo de um período de 11 anos.

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