Cientistas também combatem incêndios - TVI

Cientistas também combatem incêndios

Bombeiros

Estudo mostra que “melhorar estas previsões, tornando-as fiáveis e úteis para a sociedade, é um passo importante para antecipar o comportamento dos fogos, e diminuir os seus impactos negativos”

Investigadores do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa concluíram que os impactos negativos dos incêndios florestais podem ser diminuídos, caso se melhorem as previsões, como a velocidade e direção do vento, humidade, temperatura e tipo de vegetação.

“É necessário melhorar as previsões do comportamento dos incêndios florestais, de forma a diminuir os seus impactos”, refere um estudo coordenado pelo Centro de Estudos Florestais (CEF) do Instituto Superior de Agronomia (ISA), de Lisboa, publicado na revista "Science of The Total Environment".

“O que nós fizemos foi quantificar a incerteza em cada uma das variáveis mais importantes - quantidade e direção do vento, humidade, temperatura e combustíveis - e tentar perceber de que maneira, aquilo que nós não sabemos sobre essas variáveis, influenciava a qualidade das nossas previsões”, disse, à agência Lusa, um dos investigadores do estudo, Akli Benali.

O estudo mostra que “melhorar estas previsões, tornando-as fiáveis e úteis para a sociedade, é um passo importante para antecipar o comportamento dos fogos, e diminuir os seus impactos negativos”.

O estudo foi feito tendo por base a incerteza nas variáveis e o seu impacto nas previsões comparando os dados de satélite em oito grandes fogos que ocorreram em Portugal entre 2003 e 2005.

Os resultados mostraram que as incertezas na velocidade e direção do vento, atribuição e tipologia dos modelos de combustível (vegetação) e a localização e timing das ignições têm grandes impactos na qualidade das previsões.

“Estamos a fazer todo o trabalho de base para que eventualmente um dia se consiga fazer previsões em tempo real de para onde é que o fogo vai propagar e de que maneira. No futuro vai ajudar”, adiantou Akli Benali à Lusa.

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