Mulheres continuam a ter mais dificuldades em progredir na carreira - TVI

Mulheres continuam a ter mais dificuldades em progredir na carreira

Homens recebem em média mais 18% do que as mulheres

O estudo 680 mil mulheres, em 28 países, com o objetivo de identificar como é que as organizações podem promover a igualdade de género no trabalho

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As mulheres continuam a encontrar mais obstáculos à progressão na carreira e a igualdade de género em lugares de topo ainda não é uma realidade, alerta um estudo da consultora Mercer, divulgado esta quarta-feira.

As mulheres «continuam a estar subrepresentadas em lugares» e, apesar dos «esforços para promover a igualdade de género», os resultados ainda não são «significativos», conclui o estudo global «When women thrive, businesses thrive» (Quando as mulheres prosperam, os negócios prosperam), no qual a Mercer contou com a colaboração da EDGE Certified Foundation, responsável pela única certificação empresarial global para a igualdade de género nas organizações.

O estudo analisou dados sobre o mundo laboral e inquiriu pessoas, incluindo 680 mil mulheres, em 28 países, com o objetivo de identificar como é que as organizações podem efetivamente promover a igualdade de género no trabalho.

A opinião da maioria dos inquiridos é a de que, «se as abordagens atuais se mantiverem, apenas um terço das posições executivas serão ocupadas por mulheres nos próximos dez anos».

De acordo com o estudo da Mercer, que avalia, a nível global, o impacto da política seguida pelas organizações para a representação das mulheres e respetiva progressão na carreira, «as empresas ainda se encontram longe de uma situação de igualdade».

Em economias fortes, como as de Estados Unidos e Canadá, «apenas um quarto das mulheres» deverão desempenhar funções executivas em 2024, uma situação idêntica à de hoje. Já nos países em desenvolvimento, a representação feminina deverá crescer «mais rapidamente», compara o estudo.

Embora atualmente as mulheres representem 41% da força laboral no mundo, a maioria «exerce funções de apoio e suporte a equipas», com «apenas 26%» a ocuparem «posições como gestoras seniores» e menos ainda, «19%, como executivas».

O estudo reconhece que as iniciativas para promover a igualdade de género adotadas nas últimas duas décadas «tiveram resultados positivos», nomeadamente promovendo uma maior visibilidade e uma maior participação das mulheres.

Porém, em «apenas pouco mais de metade» das organizações inquiridas, os líderes executivos seniores são envolvidos em programas de diversidade e inclusão.

Ora, destaca o estudo, está provado que este «envolvimento ativo de líderes seniores na promoção da igualdade de género conduz a uma maior e mais rápida representação das mulheres em funções executivas».
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