Sexualidade: portugueses «começam» aos 16 anos - TVI

Sexualidade: portugueses «começam» aos 16 anos

Prostituição

Estudo revela que os alunos que tiveram educação sexual nas escolas são os que têm comportamentos sexuais mais seguros

A maioria dos estudantes portugueses começa a ter relações sexuais aos 16 anos e dizem sentir-se à vontade para comprar preservativos, mas são os alunos que tiveram educação sexual nas escolas que têm comportamentos sexuais mais seguros, escreve a Lusa.

Estes são apenas alguns dos resultados do estudo nacional sobre sexualidade e saúde sexual e reprodutiva em estudantes universitários portugueses realizado pela equipa do projecto Aventura Social, da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa, que esta quinta-feira é apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian.

Depois de entrevistados 3.278 jovens, com uma média de idade de 21 anos, os investigadores concluíram que a maioria (83,3 por cento) dos estudantes universitários é sexualmente activa e 79,2 por cento teve a sua primeira relação sexual a partir dos 16 anos (inclusive).

Homens e mulheres sentem-se confortáveis a comprar contraceptivos, tanto em lojas comerciais como em centros de saúde, e a trazê-los consigo, revela a investigação, que aponta a pílula e o preservativo como os métodos mais usados (70,4 e 69 por cento, respectivamente).

Mesmo sob o efeito de drogas ou álcool, os entrevistados acham que não têm dificuldade em usar preservativos e acreditam que nesses estados conseguem recusar ter relações sexuais desprotegidas, refere o trabalho financiado pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA e Alto Comissariado da Saúde.

«No entanto, mais homens consideram que trazer preservativo com eles significa que estão a planear ter relações sexuais e recusam menos relações desprotegidas», segundo o estudo que contou também com a participação do Centro da Malária e Doenças Tropicais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e que conclui que os homens apresentam por isso maior aceitação do risco.

Considerando os potenciais comportamentos de risco, são os homens, os jovens com relações mais recentes e os mais velhos que mencionam mais frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas, parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro.

O estudo conclui ainda que a educação sexual nas escolas é fundamental para travar comportamentos de risco e que aquelas aulas «tem vindo a cumprir o seu papel»: «os alunos mais novos referem todos ter tido educação sexual na escola e reportam um comportamento sexual mais seguro».

Os jovens portugueses dizem ter um grau de satisfação sexual elevado, sendo que os homossexuais surgem como tendo mais prazer que os bissexuais.

A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso «mais do tipo afectivo» e um grau de satisfação sexual elevado. Comparando homens e mulheres: eles referem mais vezes ter um relacionamento «mais do tipo violento» (2,6 por cento) e elas atribuem mais importância aos sentimentos e à comunicação num relacionamento amoroso.

Esta quinta-feira foi também conhecido outro estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde em 44 países, que mostra que mais de um terço dos universitários - 34 por cento - teve sexo por beber em excesso.
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