O advogado de Paulo Penedos não acredita que todas as escutas do processo Face Oculta envolvendo José Sócrates tenham sido destruídas. Ricardo Sá Fernandes alega que, a ser verdade, teria consequências «tão graves» que julga não ser possível, noticia a Lusa.
Ricardo Sá Fernandes reagia desta forma a uma declaração do juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão, segundo a qual as escutas que envolvem o Primeiro-ministro já foram destruídas.
«Não acredito que essa informação seja verdadeira, porque estando pendente um requerimento desde a passada terça-feira e não me tendo sido comunicado nada sobre esse requerimento, eu não acredito», disse à Lusa o advogado do ex-consultor jurídico da Portugal Telecom (PT).
Todas as escutas com Sócrates foram destruídas
Ricardo Sá Fernandes prefere acreditar que a notícia divulgada esta sexta-feira não corresponde à verdade: «Houve com certeza algum equívoco na transmissão dessa informação, porque isso não pode ser verdade».
O advogado considera que a destruição das escutas teria «consequências tão graves» que se recusa a acreditar que seja possível.
A defesa de Paulo penedos, arguido no processo Face Oculta, entregou na terça-feira um requerimento a alegar que a falta de notificação do despacho do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que ordenou a destruição de escutas telefónicas que envolvem José Sócrates constitui «uma nulidade».
O advogado entende que os arguidos têm o direito de conhecer os fundamentos que levaram Noronha Nascimento a determinar a destruição daquelas intercepções telefónicas, pelo que até haver notificação as escutas não devem ser destruídas.
Escutas destruídas: «Não pode ser verdade»
- Redação
- 16 abr 2010, 12:44
Advogado de Paulo Penedos diz que as «consequências seriam tão graves» que se recusa a acreditar que seja possível
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