Derrocada: MP já abriu inquérito-crime - TVI

Derrocada: MP já abriu inquérito-crime

A zona do acidente da praia Maria Luísa já não está delimitada por grades de ferro

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O auto da notícia relativo à trágica derrocada na praia Maria Luísa, que matou cinco pessoas sexta-feira, foi entregue esta manhã no Ministério Público de Albufeira. Ao que a TVI apurou o Ministério Público já abriu um inquérito-crime à trágica derrocada.

Nove falésias de risco no Algarve

A zona do acidente da praia Maria Luísa já não está delimitada por grades de ferro, nem tem a presença de nenhum dispositivo policial no local.

A praia «está hoje com bandeira azul hasteada e a trabalhar normalmente» e a sinalética a informar os banhistas de perigo foi retirada do rochedo, adiantou o comandante da Polícia Marítima à Lusa, explicando que depois da parte perigosa do rochedo ter sido alvo de demolição controlada já não se justifica a interdição daquela parte da praia.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) considerou domingo que o MP tinha «necessariamente que abrir um inquérito-crime» à tragédia ocorrida sexta-feira na praia Maria Luísa, em Albufeira, para «averiguar eventuais responsabilidades pelo sucedido».

O Ministério do Ambiente vai colaborar com o MP, garantiu domingo o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia.

Fonte do Ministério Público garantiu ainda à Lusa que a derrocada controlada destruiu as provas, mas sublinhou que esse facto não altera os relatórios feitos previamente pela Polícia Judiciária e Ministério do Ambiente.

A mesma fonte judicial confirmou que o Ministério Público já tem em seu poder o auto da notícia da Polícia Marítima relativo à trágica derrocada, mas que ainda falta receber o resultado das autópsias das vítimas, informação que deverá estar disponível «na próxima terça-feira».

Minuto de silêncio

Os banhistas e funcionários da concessão e apoios da praia Maria Luísa, Albufeira, cumpriram esta segunda-feira um minuto de silêncio em homenagem às cinco pessoas que morreram na derrocada de sexta-feira.

O início da homenagem, prestada à mesma hora do acidente, pouco antes das 12:00, foi assinalado pelo apito do nadador salvador, altura a partir da qual as pessoas permaneceram imóveis e em silêncio durante um minuto.

Três dias depois da tragédia a praia vai retomando a normalidade e a esplanada do restaurante que serviu de posto de comando das operações enche-se de pessoas, algumas aparentemente indiferentes, outras ainda consternadas.

Pouco resta do rochedo pertencente à arriba que desmoronou e que foi no domingo à noite alvo de um processo de demolição parcial e controlada, efectuado pela Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve para dar segurança à estrutura.

A demolição foi feita durante poucas horas por três máquinas, procedendo-se hoje à remoção de detritos acumulados no local, trabalho feito por técnicos da autarquia, com a ajuda de alguns banhistas.

Durante a manhã de hoje, peritos da ARH/Algarve estiveram a inspeccionar o local no sentido de ver o resultado dos trabalhos de domingo e os possíveis efeitos da maré-cheia, disse à Lusa fonte do organismo.

Notícia actualizada às 20:00
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