Europol apreende 36 milhões de medicamentos em megaoperação - TVI

Europol apreende 36 milhões de medicamentos em megaoperação

  • CM
  • 6 mar 2020, 17:43
Comprimidos

Foram detidas 165 pessoas em 12 países, incluindo Portugal. Entre os fármacos apreendidos há pseudoefedrina, medicamentos contra o cancro, anti-histamínicos, ansiolíticos, medicamentos contra a disfunção erétil, reguladores metabólicos e hormonais, estupefacientes, analgésicos, antiestrogénios, antivirais, hipnóticos e substâncias dopantes.

Uma vasta operação europeia contra o tráfico de medicamentos permitiu, em 2019, apreender 36 milhões de fármacos e deter 165 pessoas em 12 países, incluindo Portugal, anunciaram, nesta sexta-feira, a Europol e a Polícia Judiciária portuguesa.

Entre julho e outubro de 2019, a terceira edição da operação “Mismed”, liderada pela polícia militarizada de França, Gendarmerie National, e pelos serviços alfandegários da Finlândia, levou ao desmantelamento de 12 organizações criminosas e à apreensão de medicamentos num valor global de 7,9 milhões de euros, além de 1,5 milhões em ativos.

Na operação foram detidas 165 pessoas em 12 países: Portugal, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Reino Unido e Ucrânia, segundo um comunicado da força de polícia europeia.

Ao todo 18 países estiveram envolvidos na “Mismed”, 11 deles membros da União Europeia (UE).

Entre os medicamentos traficados apreendidos, segundo a Europol, figuram pseudoefedrina, medicamentos contra o cancro, anti-histamínicos, ansiolíticos, medicamentos contra a disfunção erétil, reguladores metabólicos e hormonais, estupefacientes, analgésicos, antiestrogénios, antivirais, hipnóticos e substâncias dopantes.

Em três anos de operações “Mismed”, segundo a Europol, foram apreendidos medicamentos no valor de 500 milhões de euros e detidos 600 suspeitos.

A organização policial europeia identifica “tendências preocupantes” do tráfico internacional de medicamentos que se mantêm, entre as quais o crescente tráfico de fármacos oncológicos furtados de hospitais, o desvio de medicamentos da cadeia de fornecimento legal por grossistas que os revendem a grupos criminosos e a obtenção de medicamentos através de receitas furtadas ou falsificadas.

A Europol aponta ainda que a Ásia continua a ser a principal fonte de medicamentos e substâncias dopantes traficados e que a maioria das substâncias para doping é vendida através da Internet.

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