Professores comentam «recuo táctico» do Governo

A Federação Nacional de Ensino e Investigação (FENEI) considerou este domingo «um recuo táctico» a decisão do Governo de anular os prazos intermédios para avaliação dos professores. A FENPROF afirma que o Ministério da Educação «não tinha outra alternativa», segundo informa a Lusa.

O Ministério da Educação (ME) decidiu alterar novamente os prazos para as escolas produzirem instrumentos de registo e para os professores definirem objectivos individuais para os anos lectivos de 2007 a 2009, no âmbito do processo de avaliação de desempenho.

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afirmou sábado à Lusa que não faz sentido «comprometer todo o processo por causa dos prazos intermédios».

É o «fim da gestão democrática das escolas»


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Contactado pela agência Lusa, o presidente da FENEI, Carlos Chagas, considera a decisão do ME «um aspecto positivo», mas afirma que «não é o desejável».

«O desejável seria a revisão de todos os procedimentos da avaliação dos professores», disse o presidente da FENEI.

A FENEI defende «uma avaliação transparente e objectiva que recompense quem trabalha mais», segundo avançou Carlos Chagas.

Para o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, «o Ministério da Educação não anunciou nada, foi simplesmente obrigado» a deixar cair o prazo intermédio devido à primeira providência cautelar que pedia a sua suspensão e que foi aceite pelo tribunal.

Mário Nogueira lembrou que existem ainda mais quatro providências cautelares entregues em Coimbra, Lisboa, Porto e Beja que visam suspender os procedimentos internos das escolas para avaliação do desempenho dos professores.