Incêndio de Odemira foi dado como "dominado" - TVI

Incêndio de Odemira foi dado como "dominado"

  • PP (atualizado às 21:13)
  • 19 ago 2021, 19:13

Comandante das Operações agradece "o emprenho de todos" e lembra que ainda "há muito trabalho pela frente"

O incêndio de Odemira foi dado como "dominado" pelas 18:40 desta quinta-feira, avança a Proteção Civil, em conferência de imprensa, na Junta de Freguesia de Sabóia, pela voz do Comandante das Operações de Socorro, José Guilherme Marcos.

Esteve ativo mais de 24 horas e "mostrou uma velocidade de propagação com alguma violência", explicou a mesma fonte.

"No terreno permanecem 677 operacionais, apoiados por 224 veículos, que incluem máquinas de arrasto e um meio aéreo", explicou o Comandante.

Uma primeira projeção aponta para "1100 hectares" perdidos, com "um perímetro de 20 quilómetros", acrescenta José Guilherme Marcos, o que "mostra bem a sua dimensão". Lembrou ainda que "não fosse o empenho de todos no terreno" e este incêndio tinha potencial "para chegar aos seis mil hectares".

O Comandante das Operações de Socorro, José Guilherme Marcos, acrescentou que "ainda há muito trabalho pela frente" e que os meios se vão manter no terreno "para fazer o trabalho de consolidação".

Recorde-se que o incêndio, deflagrou pouco depois das 13:00 de quarta-feira, junto ao lugar de João Martins, na freguesia de Sabóia, numa zona de povoamento misto, com mato, eucaliptos, montado de sobro e pinheiros.

Segundo José Guilherme Marcos, a Estrada Regional 266 e o Caminho Municipal 1160 vão manter-se fechados a veículos civis, por questões de segurança e para permitir a circulação de viaturas de socorro.

A noite de hoje e “a entrada de alguma humidade vão ajudar os operacionais a consolidar o perímetro de incêndio, que é grande, bastante extenso”, indicou.

Por isso, “vamos manter os operacionais no terreno e só vamos dar o incêndio como finalizado quando todos tivermos a certeza de que não irá reativar”, reforçou.

Em termos de vidas humanas, frisou ​​​​​​​o comandante que “é de enaltecer que chegámos ao fim de uma ocorrência com o comportamento e com a dimensão que [este incêndio] teve sem feridos graves no seio dos operacionais”.

No entanto, “infelizmente”, há a “lamentar” um ferido civil, com queimaduras graves em 40% do corpo e que está internado no Hospital de Faro.

Já ao nível de operacionais, apenas “feridos leves, com pequenas entorses, exaustão, pequenas quedas”.

O incêndio de Odemira provocou ainda cinco feridos, um em estado grave, e quatro com ferimentos ligeiros.

Já Tomás Silva, da GNR, disse que a força de segurança está “a realizar diligências” para “apurar factos concretos” sobre as causas do incêndio.

 

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