Reclusos em direto no Facebook a dançar na prisão do Linhó - TVI

Reclusos em direto no Facebook a dançar na prisão do Linhó

Direção Geral dos Serviços Prisionais identificou os indivíduos em causa e garante que serão alvo de sanções, arriscando até ficar em solitária

Cerca de duas dezenas de reclusos fizeram uma festa, alegadamente de aniversário, no recreio desta manhã, no Estabelecimento Prisional do Linhó, e emitiram-na em direto no Facebook. No vídeo, é possível ver um dos indivíduos presos com um telemóvel na mão, filmando outros a dançar e, inclusive, um a cortar o cabelo a outro, o que significa que há reclusos com objetos cortantes na sua posse. 

Questionada telefonicamente pela TVI, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) remeteu depois uma resposta por escrito, dizendo que "quer o recluso que filmou e divulgou as imagens, captadas durante o recreio da manhã no Estabelecimento Prisional do Linhó, quer os outros reclusos que aparecem nas imagens estão devidamente identificados".

Estes reclusos, em conformidade com as disposições legais, serão objeto de procedimento e subsequentes sanções disciplinares, as quais poderão ir, consoante o grau de participação da cada um no ilícito disciplinar, até ao internamento em regime de segurança".

No vídeo não se vislumbram guardas prisionais. Questionámos entretanto a DGRSP sobre quantos guardas estiveram ao serviço esta manhã e aguardamos ainda resposta.

Ao que a TVI apurou, o recluso autor do vídeo tem um perfil de Facebook e está a cumprir uma pena de sete anos e meio por roubos.

Recorde-se que os telemóveis estão proibidos dentro das prisões, mas em 2018 foram apreendidos cerca de cinco telemóveis por dia dentro dos estabelecimentos prisionais.

Continuam a entrar nas prisões portuguesas telemóveis, droga, seringas e até objetos de grandes dimensões, como por exemplo, fornos. Os guardas prisionais dizem-se poucos para fazer revistas rigorosas, afirmam ainda que há períodos em que estão 20 guardas para cerca de 800 reclusos no Estabelecimento Prisional de Lisboa. Em março, a direção-geral de serviços prisionais dizia ter contas diferentes: em Portugal há três reclusos para cada guarda.

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