Bullying: "Em todos os rebanhos há sempre ovelhas negras" - TVI

Bullying: "Em todos os rebanhos há sempre ovelhas negras"

Figueira da Foz: mãe de uma das agressoras levou a filha à polícia

Autarca da Figueira da Foz diz que o vídeo de agressões revelado esta semana é apenas "a ponta de um icebergue"

Relacionados
 O vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje que a violência entre jovens, como a registada em vídeo naquela cidade, é " a ponta de um icebergue" e transversal em todas as sociedades.

Ao intervir numa reunião do Conselho Municipal de Juventude, em resposta a uma estudante que questionou os conselheiros sobre o fenómeno do ‘bullying', António Tavares afirmou que ele "acontece todos os dias, em todo o lado".

"Todos nós sentimos um certo desconforto, um certo mal-estar, com aquilo que vimos [no vídeo em que duas adolescentes agridem um rapaz, com murros e bofetadas]. Mas é a ponta de um icebergue", frisou.


Na reunião, que juntou representantes da autarquia, escolas e associações juvenis na Escola Secundária Bernardino Machado e cerca de 40 alunos daquele estabelecimento de ensino, António Tavares, que detém o pelouro da Educação e foi professor do ensino secundário, sublinhou o trabalho das escolas na prevenção da violência, através de programas próprios e de disciplinas curriculares.

"Mas por muito que façamos e as escolas fazem muito (…), em todos os rebanhos há sempre ovelhas negras, há sempre pessoas dispostas a fazer o mal", considerou.


Dirigindo-se aos estudantes presentes, desafiou-os a comunicarem situações de violência de que tenham conhecimento: "também está nas vossas mãos a denúncia dessas situações, para que as instituições que podem atuar o possam fazer", frisou.

O vídeo, que mostra duas adolescentes a agredirem um rapaz de 17 anos, numa rua da Figueira da Foz durante cerca de 13 minutos, em julho de 2014, perante a passividade de outros jovens, foi divulgado na rede social Facebook na terça-feira e tornou-se viral, contando, em três dias, com mais de 3,2 milhões de visualizações.

As imagens suscitaram milhares
de insultos e comentários de repúdio, com centenas de pessoas a exigirem a intervenção das autoridades. A PSP identificou oito agressores
, quatro deles maiores de 16 anos, estando a investigação a cargo do Ministério Público
.

 
Continue a ler esta notícia

Relacionados