Mais de 2.000 operacionais estavam hoje pelas 18:15 envolvidos no combate a 64 incêndios rurais em Portugal continental, sendo o fogo que ainda lavra no concelho de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, aquele que mobilizava mais meios.
De acordo com a informação disponível no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), àquela hora estavam envolvidos no combate aos incêndios (em curso, em resolução ou em conclusão) 2.054 operacionais, apoiados por 612 viaturas e 22 meios aéreos.
Dos 64 fogos, 11 estavam no estado "em curso", ou seja, ainda não tinham sido dominados/circunscritos.
Desses 11, apenas o fogo que deflagrou na segunda-feira, na localidade de Antelas, no concelho de Oliveira de Frades, distrito de Viseu, estava a causar maior preocupação às autoridades.
O fogo continuava às 18:15 a mobilizar um grande número de meios, sendo as chamas combatidas por 758 bombeiros, apoiados por 241 viaturas e 14 meios aéreos.
Um bombeiro de 41 anos morreu na segunda-feira enquanto combatia este incêndio, que se estendeu aos concelhos de Sever do Vouga e Águeda, no distrito de Aveiro. No caso de Águeda, as chamas estão já circunscritas, enquanto no de Sever do Vouga, segundo o município, há várias frentes ativas.
Todos os restantes incêndios ativos são de pequenas dimensões, sendo o que deflagrou na localidade de Monte Castelo, concelho de Vila Verde, distrito de Braga, o que concentra mais meios: 54 operacionais, 16 veículos e um meio aéreo.
O incêndio que deflagrou no domingo no concelho de Porto de Mós, e que foi dado na segunda-feira como estando em fase de resolução, estava às 18:15 a ser combatido por 137 operacionais, apoiados por 39 viaturas.
No domingo, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) declarou a situação de alerta para 14 distritos a norte do Tejo devido ao aumento do risco de incêndio até às 23:59 de hoje. Hoje, esta situação foi estendida até ao final do dia de sexta-feira.
A medida abrange os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Portalegre, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Face às previsões adversas, a Proteção Civil acionou para os mesmos distritos o estado especial de alerta laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro.
Em situação de alerta é proibida a realização de queimas e queimadas e o uso de fogo de artifício ou de outros artefactos pirotécnicos, e são proibidos o acesso, a circulação e a permanência em espaços florestais "previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios".
Também não são permitidos trabalhos florestais e rurais com equipamentos elétricos como motorroçadoras, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.