Agosto com menos incêndios que os registados no final de julho - TVI

Agosto com menos incêndios que os registados no final de julho

  • (Atualizada às 13:38) ALM com Lusa
  • 8 ago 2017, 12:56
Fogo em Carvoeiro, Castelo Branco

Proteção Civil fala de menos 46 incêndios florestais, uma descida em 5.328 dos operacionais no terreno e uma redução em 159 das missões aéreas

O número de ocorrências de incêndios diminuiu 5% na primeira semana de agosto, em relação à última de julho, segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Durante o encontro semanal com os jornalistas, Rui Esteves afirmou que, entre 1 e 7 de agosto, deflagraram menos 46 incêndios florestais, foram utilizados menos 19% dos operacionais (menos 5.328) e foram cumpridas menos 159 missões aéreas.

De 1 a 7 de agosto, das 13 grandes ocorrências, em média por ocorrência, forma mobilizados 300 operacionais e 80 veículos. Globalmente foram disponibilizados 3.659 operacionais, apoiados por 1.045 veículos com 92 missões de meios aéreos.

A maior parte dos grandes incêndios ocorreram no Porto, Viana, Braga e Vila Real.

Claramente se percebe a violência com que os incêndios arrancam logo na sua fase inicial”, explicou Rui Esteves.

O comandante nacional alertou que esta semana se mantém o risco de incêndio elevado ou extremo, sendo as regiões do Norte, Centro e Algarve as que mais preocupam.

Há um aumento da classe de risco de incêndio para níveis muito elevado e máximo nos próximos dias”, adiantou.

Entre 25 e 31 de julho foram registados 830 incêndios com uma mobilização de 22 mil operações e o apoio de 5.586 veículos e 437 missões aéreas.

Os distritos do Porto, Aveiro e Braga foram os que tiveram mais ignições e os de Vila Real, Aveiro e Santarém foram o que tiveram mais área ardida.

O comandante nacional destacou ainda o nível de seca no território que se situa nos 9,2% de seca extrema, 69,6% em seca severa e 16,5% em seca moderada, reforçando que o elevado índice de escura do combustível e a quantidade deste nas florestas é um dos principais fatores que condicionou os últimos grandes incêndios.

Hoje já ninguém vai à floresta apanhar caruma, pinhas ou recolher material lenhoso para a lareira, acumula-se ano após ano. E é este acumular de combustível que se torna um potencial elevado sempre que o incêndio tem início nesses locais”, disse.

Juntamente com a grande quantidade de combustível nos solos florestais está a pouca humidade do ar, as altas temperaturas e ventos fortes, dando origem a “incêndios violentos e com projeções e eruptivos logo na fase inicial”.

Globalmente, de 1 de janeiro a 7 de agosto, registaram-se 9.160 ocorrências de incêndio florestal e ardeu uma área de 138 mil hectares, segundo dados provisórios do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, citados por Rui Esteves.

Desde o início do ano, as autoridades (GNR e PJ) detiveram 77 pessoas, contra as 28 detidas no mesmo período do ano passado.

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