Governo antecipou pagamento de despesas extraordinárias a bombeiros - TVI

Governo antecipou pagamento de despesas extraordinárias a bombeiros

Incêndio (NUNO ANDRE FERREIRA / LUSA)

Porque algumas corporações estavam a ter dificuldades em suportar despesas do combate aos fogos florestais

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O secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, anunciou esta sexta-feira que já foi feito o pagamento antecipado aos bombeiros voluntários de despesas extraordinárias relacionadas com os incêndios florestais.

Em declarações aos jornalistas em Santa Comba Dão, no final de uma visita à Base de Helicópteros de Serviço Permanente, Vasco Franco garantiu que o Governo está atento «a todas as necessidades dos bombeiros voluntários», que considera terem «um papel decisivo» e «uma generosidade inexcedível» e demonstrado «um profissionalismo notável» mesmo nos dias mais difíceis.

Explicou que «há uma norma que está estabelecida desde o início, e aprovada por todos os participantes na Comissão Nacional de Protecção Civil, sobre o pagamento das despesas extraordinárias no combate a incêndios».

«Mas dada a concentração de ocorrências nos últimos dias, e particularmente na última semana de Julho, percebemos a dificuldade que alguns corpos de bombeiros estavam a ter para suportar despesas, nomeadamente com a deslocação de bombeiros de outros pontos do país», frisou.

Nesse âmbito, foi antecipado «o pagamento das despesas com combustíveis, que já foi feito, e nos casos de corpos de bombeiros que receberam um maior número de elementos de reforço estamos a analisar caso a caso para podermos também antecipar algum pagamento de despesas», acrescentou.

Desde a meia-noite até ao final da manhã, estavam registados 157 fogos, dos quais apenas 16 se encontravam fogos activos, nove deles com mais de duas horas.

«Isto mostra que o dispositivo está a funcionar bem, de uma forma bem coordenada, com uma boa aplicação de todos os meios e a entrega habitual de todos os combatentes», acrescentou.



Vasco Franco assegurou que os meios aéreos previstos para esta fase «estão todos operacionais», ainda que pontualmente se tenham registado «situações de alguma inoperacionalidade por algum tempo, muito pouco».

«Há uma obrigação contratual das empresas em manterem os meios operacionais. Quando isso não acontece há penalizações que são accionadas», frisou, considerando que «há uma utilização muito eficiente dos meios aéreos e isso também tem contribuído muito para o combate».

Rejeitou as críticas de falta de meios aéreos em Portugal uma vez que, na sua opinião, «nenhum país pode ter meios aéreos para responder a picos de ocorrências», como foi exemplo o dia 27 de Julho, com 459 incêndios.

«Temos de ter um dispositivo razoável capaz de responder às necessidades em termos correntes. Nós sabemos quando configuramos esse dispositivo e o dimensionamos que temos a possibilidade de recorrer pontualmente a outros meios», acrescentou, aludindo à possibilidade e pedir meios a Espanha ou ao Mecanismo Comunitário de Protecção Civil (MIC).
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