Sete feridos, dois graves, em incêndio em Estremoz - TVI

Sete feridos, dois graves, em incêndio em Estremoz

  • SS - atualizada às 10:22
  • 4 ago 2018, 23:04

Fogo deflagrou na zona de São Bento do Cortiço. Seis vítimas são jovens na casa dos 20 anos que se encontravam numa habitação próxima de onde o fogo deflagrou. Uma bombeira também teve de ser assistida

Seis pessoas ficaram este sábado feridas, duas delas em estado grave, ao sofrerem queimaduras num incêndio na zona de São Bento do Cortiço, no concelho de Estremoz, disse o comandante distrital de Évora de Operações de Socorro. Uma bombeira também teve de ser assistida no Centro de Saúde de Estremoz por cansaço.

O comandante José Ribeiro, responsável pelo Comando Distrital de Évora de Operações de Socorro (CDOS), afirmou que as vítimas “são todas civis” e apresentam “queimaduras”.

Os feridos graves são duas raparigas, de 20 e 25 anos, que foram transportadas de helicóptero para os hospitais de São José e Santa Maria, em Lisboa, revelou o INEM.

Já as outras quatro pessoas, consideradas feridos ligeiros, foram “transportadas para o Hospital de Évora”.

O alerta para o incêndio, que deflagrou na zona do Monte da Chapada, na União de Freguesias de São Bento do Cortiço e Santo Estêvão, nos arredores de Estremoz (Évora), foi dado aos bombeiros às 18:30, disse o comandante distrital.

As chamas foram dominadas já durante a noite, encontrando-se o incêndio em conclusão. Segundo a página da Proteção Civil na Internet, o fogo está em fase de conclusão, mantendo-se no local 25 operacionais, apoiados por nove viaturas.

“O que tivemos foi um incêndio rural que progrediu com muita violência”, devido aos “ventos muito fortes” registados na zona, e que lavrou “numa zona de pasto, mato e olivais, com algumas habitações dispersas”, assinalou o comandante José Ribeiro.

As vítimas, cujo sexo e idade o responsável do CDOS não soube precisar, apesar de referir que “são jovens na casa dos 20 anos”, encontravam-se numa habitação próxima de onde o fogo deflagrou, denominada Monte do Cerradinho.

De acordo com a informação que foi possível apurar, ao tentarem sair de uma habitação terão sido atingidas pelo incêndio”, acrescentou.

A “primeira viatura” dos bombeiros a chegar a local “ainda tentou ir a esta habitação”, mas não conseguiu chegar, face à “violência do incêndio”, referiu.

Tivemos ventos fortíssimos em Estremoz, com registo de quedas de árvores, e, com esta violência de propagação, acabaram por ser afetados”, lamentou o comandante distrital.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Estremoz, Luís Mourinha, disse que as seis vítimas “não são do concelho”, explicando que “estavam numa quinta" onde terá “começado o incêndio”.

O fogo terá sido “provocado aparentemente por uma faísca dos cabos da energia elétrica”, afirmou, assinalando, contudo, que, agora, “cabe à GNR investigar”.

O Comando Territorial de Évora da GNR, questionado pela Lusa sobre estes feridos em Estremoz, disse não ter nada a reportar.

Mais de 1.900 operacionais estavam pelas 23:13 envolvidos em 28 incêndios, sete dos quais em curso, segundo informação da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC).

Fonte da Proteção Civil disse que os três incêndios que lavram no distrito de Santarém “estão a evoluir favoravelmente” e caminham para a fase de resolução”.

Em curso continua o incêndio de Monchique, que deflagrou cerca das 13:30 de sexta-feira, na localidade de Perna da Negra, tendo já obrigado à retirada de cerca de 100 pessoas.

Face à dimensão do incêndio, o Plano Municipal de Emergência de Monchique foi ativado ao início da madrugada de hoje.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) alertou hoje para risco de incêndio muito elevado a máximo no distrito de Faro e em concelhos dos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Santarém e Beja.

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