Agente afastado da PSP continua ao serviço após decisão do tribunal - TVI

Agente afastado da PSP continua ao serviço após decisão do tribunal

(LUSA)

Elemento do Corpo de Intervenção da PSP de Faro foi afastado em dezembro alegadamente devido ao seu envolvimento na organização de um «almoço-protesto» realizado em julho,

Uma providência cautelar interposta por um dos elementos do Corpo de Intervenção (CI) da PSP de Faro afastado em dezembro foi aceite pelo tribunal, o que suspende a sua transferência, disse esta terça-feira à Lusa fonte sindical.

O comando nacional da Unidade Especial de Polícia (UEP) não renovou a comissão de serviço deste e de outro elemento daquela força especial, alegadamente devido ao seu envolvimento na organização de um «almoço-protesto» realizado em julho, segundo o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues.

Em declarações à Lusa, o sindicalista afirmou que a decisão do tribunal suspende o ato de transferência do agente, pelo que o mesmo se manterá em funções na UEP, devendo ainda a Direção Nacional da PSP ser «obrigada a fundamentar a não renovação» da comissão de serviço.

Dos dois agentes, apenas um - comandante de uma das equipas do CI de Faro -, contestou judicialmente o afastamento daquela força especial, por considerar que não existia fundamento para o facto de a sua comissão de serviço não ter sido renovada.

O «almoço-protesto» que ambos ajudaram a organizar, realizado num restaurante de Faro, em julho, terá estado na origem do afastamento, disse acreditar Paulo Rodrigues, acusando a UEP de ter agido injustamente, uma vez que esta é a maneira «mais fácil» para tentar silenciar os elementos daquela unidade.

O comando nacional da UPE tem agora um prazo de dez dias para se pronunciar relativamente à decisão do tribunal.

O afastamento dos dois polícias já motivou a criação de dois abaixo-assinados e também de uma página numa rede social, onde é manifestado o «apoio incondicional» aos dois homens.

A força destacada da UEP de Faro possui quatro valências, através do Corpo de Intervenção, do Corpo de Segurança Pessoal, do Centro de Inativação de Engenhos Explosivos e de Segurança no Subsolo e do Grupo Operacional Cinotécnico.

O CI em Faro é composto por um grupo operacional de cerca de 50 elementos, divididos em dois subgrupos, cada um com três equipas.
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