Portugal vai participar em 19 missões em todo o mundo durante este ano, com seis navios, dez aeronaves, 66 viaturas táticas e 2.349 militares. A notícia é avançada pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Almirante Silva Ribeiro.
O contingente português será composto por seis navios da Armada, 66 viaturas táticas do Exército, dez aeronaves da Força Aérea e 2.349 militares.
Isto é dez por cento das Forças Armadas portuguesas. [O país conta com] cerca de 25 mil militares [nos três ramos]".
Relativamente à NATO, Portugal, vai participar em 11 missões, na Lituânia, Báltico, Polónia, Afeganistão, Iraque, Roménia, Kosovo, no Mediterrâneo e no Mar do Norte, empenhando 1.112 militares, quatro caças F-16, mergulhadores, um submarino e aeronaves P-3C.
Já para as seis missões da UE – no Oceano Índico, Somália, República Centro-Africana, Mali e Mediterrâneo - serão destacados 197 militares, uma aeronave P-3C e um submarino.
Para as três missões da ONU, Portugal irá disponibilizar 392 militares para o Mali, Colômbia e República Centro-Africana, esta última que o CEMGFA classificou como “a mais arriscada” missão desde o final da guerra do Ultramar, em 1974.
Nas nove missões bilaterais e multilaterais, Portugal irá fazer-se representar com 648 homens e mulheres, no Atlântico, Iraque, Jordânia, Golfo da Guiné e São Tomé e Príncipe.
A acompanhar os militares, irão também navios e aeronaves.
Portugal terá também “um conjunto de forças em prontidão, que estão em território nacional e que, se houver uma perturbação da ordem internacional, poderão ser empenhadas” nas missões, no caso de alguma eventualidade.
Nestas missões, os contingentes portugueses irão apoiar e treinar as forças locais, reforçar a fiscalização e segurança, realizar missões de policiamento aéreo, recolher informação, apoiar processos de transição e estabilização, mitigar o tráfico de migrantes, edificar estruturas de segurança ou contribuir para a segurança, estabilidade, e livre circulação de cidadãos, como é o caso do Kosovo.
Todas estas missões visam contribuir para a paz, a segurança e a estabilidade, satisfazendo os compromissos internacionais assumidos por Portugal, demonstrando solidariedade para com os aliados e reforçando a presença no Atlântico como espaço prioritário de interesse estratégico de Portugal", segundo o Almirante Silva Ribeiro.